O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu prioridade à Fundação Nacional do Índio ( Funai ) para o processo de autorização da obra de duplicação da BR 101 Norte, que corta a reserva da tribo Wassu/Cocal. O trecho em questão mede 10 quilômetros, mas a obra foi embargada devido à recusa dos índios em autorizar a utilização de suas terras.
-“Estamos nos esforçando, com o apoio da bancada e do ministro Maurício Quintela ( Transportes ), para no menor espaço de tempo possível retomar as obras. A duplicação da BR 101 está dividida em cinco trechos, mas apenas nesse ( trecho ) que corta as terras indígenas é que enfrentamos problemas que levaram à paralisação dos trabalhos”, disse o senador.
COMPENSAÇÃO
Os índios Wassu/Cocal ganharam as terras devido à participação na Guerra do Paraguai e ocupam a área há mais de 150 anos. O senador Renan acredita que a negociação com a tribo vai avançar e se chegará a uma solução que conciliará todos os interesses. A BR 101 liga o Nordeste ao Sul do País e em Alagoas a obra foi dividida em cinco trechos.
Na quarta-feira 22, o governador de Alagoas, Renan Filho, esteve com o ministro dos Transportes, Maurício Quintela, assinando o contrato para construção do trecho número 3, entre os municípios de Joaquim Gomes e Rio Largo, com 45,9 quilômetros e que está orçada em R$ 270 milhões. O ministro garantiu ao governador que os recursos serão liberados nos próximos 30 dias.
A duplicação da BR 101 compreende o trecho 1, que vem da divisa com Sergipe até o município de Teotônio Vilela, com 78,1 quilômetros de extensão. Nesse trecho, as obras já atingiram 80% e a previsão é de que será concluído até o meio do ano. Em seguida vem o trecho 2, ligando Teotônio Vilela a São Miguel dos Campos, e que também está em execução, e finalmente os trechos 3, 4 e 5 que vai até o município de Novo Lino, na divisa com Pernambuco.
Nesse último trecho é que se deu o impasse com os índios da tribo Wassu/Cocal e que o senador Renan Calheiros espera solucionar o mais rápido possível. “Nós conversamos com o ministro Maurício Quintela e ele está empenhado em resolver esse problema com os índios. Nós aguardamos apenas o pronunciamento da FUNAI, que também nos garantiu prioridade, para que a obra prossiga sem embargos”, disse o senador Renan.
