O senador Ricardo Ferraço, do Espírito Santo, levou hoje (2) para audiência com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, um grupo de representantes de Ong’s e empresas que integram o Movimento Diálogo Florestal, composto por 34 organizações civis com atuação na área do meio ambiente e 33 empresas que, em conjunto, representam um ativo ambiental estimado em 3 milhões de florestas conservadas em todo o país.
O objetivo do encontro, segundo Ferraço, é o de aproximar este grupo com a bancada de senadores do PMDB – a maior do Senado -, no momento em que a Casa se prepara para discutir e votar a proposta para o novo Código Florestal Brasileiro. Desde 2005, os integrantes do Movimento Diálogo Florestal vem trabalhando na construção de uma agenda comum em torno da matéria.
Durante a tramitação do Código Florestal na Câmara dos Deputados, o movimento apresentou um elenco de 16 pontos para modernização do novo Código, e alguns deles integram a proposta aprovada pelos deputados. A manutenção das dimensões das APP’s (áreas de proteção permanente), definidas pela legislação em vigor é um dos pontos que o movimento pretende manter.
“A contribuição do movimento foi importante na Câmara e, no Senado, ela ajudará na construção do consenso em torno da matéria”, elogiou Renan.
Para José Luciano Penido, da Associação Brasileira de Celulose e Papel, que participou da audiência, “o Código Florestal precisa ser uma lei respeitada e praticada, o que não acontece agora”, disse ele, que defende incentivos e bônus para os que querem colaborar com a preservação ambiental. Para ele, o rigor da lei seria aplicado aos que não querem respeitá-la.
O senador Ferraço concorda com essa linha, e afirmou que para que o novo Código Florestal ser respeitado “não é só criminalizar”. Para ele, é preciso olhar para o futuro e não ficar tentando reparar danos que foram provocados no passado.
O senador Renan elogiou a iniciativa e agendou para o final de agosto, o encontro do grupo com os senadores da bancada do PMDB no Senado.
