Dívida de Alagoas passou de R$ 1 bilhão ao final do governo GB em 1994 para mais de R$ 8 bilhões
O senador Renan Calheiros (PMDB) demonstrou preocupação, na manhã desta quinta-feira, 29, com o volume de endividamento público de Alagoas, que passou de menos de R$ 1 bilhão, ao final do governo Geraldo Bulhões, em dezembro de 1994, para mais de R$ 8 bilhões, atualmente. O senador disse que tem apoiado os pedidos do governador alagoano que chegam ao Senado, mas sugere cautela no cumprimento de novos empréstimos.
“Defendemos novos parâmetros para as dividas dos estados com a União. O atual indexador, o IGP-DI, é desproporcional e incompatível com a atual realidade do Brasil e com a capacidade de pagamento dos estados. Alagoas, por exemplo, paga por mês algo em torno de R$ 60 milhões. Isso significa menos dinheiro para reajustar salários, investir em segurança, saúde e educação”, defende o senador.
Renan disse que tem apoiado os pedidos de empréstimos levados a Brasília pelo governador Teotonio Vilela Filho e que o acompanhou em audiência com a presidente Dilma Rousseff defendendo exatamente a necessidade de o estado obter recursos para investimentos. “No que depender de mim, vou continuar apoiando esses pedidos, mas tenho muita preocupação com esse endividamento de Alagoas e dos demais estados”, disse.
O líder do PMDB reforça a necessidade de governos estadual e federal trabalharem em parceria para elevar a condição econômica de Alagoas – “porque o estado é muito pobre e necessita cada vez mais somar esforços independentemente da posição política que se ostenta” –, mas empréstimos, segundo ele, nas circunstâncias atuais, vão criar dificuldades para os futuros governadores do Estado.
“O PMDB subscreveu o projeto de lei de iniciativa do senador Eduardo Braga (AM), que muda o indexador propondo a substituição o IGP-DI pelo IPCA, acrescido de 2% de juros. Vamos trabalhar para que essa proposta seja aprovada o mais rápido possível. É preciso mudar urgentemente e adotar um indexador que não sufoque as unidades da federação”, concluiu Renan.