Em entrevistas a emissoras de rádio e televisão de Alagoas, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse nesta segunda-feira (20) que as reformas que o Congresso Nacional vai analisar e votar neste ano são necessárias para o país retomar o crescimento econômico. A reforma da Previdência, afirmou Renan, não é uma reforma definitiva, por sua própria natureza. “Todos os governos anteriores tiveram que reformar a Previdência”, lembrou, “e todos que virão a seguir também vão reformá-la”, argumentou o líder pemedebista. “Cada geração de trabalhadores ativos financia a aposentadoria das gerações anteriores, e há ainda uma série de outros benefícios bancados pela seguridade social, como auxílio desemprego, licença maternidade e paternidade, pensões, diversos outros”. Como a expectativa de vida no país vem aumentando, é necessário readaptar as regras periodicamente. “Por isso a reforma nunca é definitiva”, explicou o senador. Outra matéria importante a ser votada no Senado para o enfrentamento da crise, disse o senador nas entrevistas, é a segunda etapa da repatriação e regularização de ativos financeiros no exterior. “A primeira etapa, aprovada em 2016, resultou numa arrecadação superior a R$ 50 bilhões para os cofres públicos, entre tributos e multa”, recordou Renan. “A multa, que nós aprovamos para ser repartida entre os entes federativos, tirou a corda do pescoço da maioria dos estados e municípios”, ressaltou. “Se não fosse essa receita extra, muitos governos estaduais e prefeituras não teriam como pagar salários atrasados e o 13º salário do ano passado”. Segundo o líder do PMDB no Senado, o Estado de Alagoas, mesmo sendo um dos mais pobres do país, soube enfrentar a crise sem passar por tantas dificuldades como outros estados. “O governo de Alagoas se antecipou, tomou as medidas prudenciais lá atrás, fez o que precisava ser feito e hoje, felizmente, está em condições menos dramáticas”.
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