O Valor apurou que o senador tem ligado para lideranças de vários partidos, argumentando que o Congresso não pode deixar na mão do presidente Jair Bolsonaro a solução de problemas urgentes como o plano nacional de vacinação contra a covid-19 e o auxílio emergencial, que acaba agora no fim do ano, e do decreto de calamidade pública, que encerra dia 31.
Nas redes sociais, Renan já conseguiu um apoio valioso: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), replicou mensagem de Renan no Twitter pedindo o cancelamento do recesso.
“O fim do ano vem aí, mas não podemos pensar em recesso. Estamos trabalhando em casa [trabalhando remotamente, que é como tem ocorrido as votações do Senado], não faz sentido ir para casa. O vírus não faz recesso. Já perdemos 180 mil vidas e não existe vacina, nem plano, nem prazo. Precisamos resolver o Fundeb, o auxílio emergencial, o Orçamento e o déficit fiscal de quase R$ 1 trilhão. Por isso, faço um apelo aos presidentes da Câmara e do Senado para que não haja recesso e continuemos trabalhando”, escreveu Renan.
Ao compartilhar a publicação do senador, Maia disse concordar com a sugestão. “Concordo plenamente e já disse isso publicamente. Sou a favor que o Congresso trabalhe em janeiro para aprovar, principalmente, a PEC Emergencial. Não há outra solução, já que o decreto de calamidade não será prorrogado. Temos na pauta medidas relacionadas à vacina, o PLP 137 e a possibilidade de aprovação da CBS. Com mais de 180 mil mortos e com o agravamento da pandemia, o Congresso precisa estar atuante ao lado da população, contra o vírus, para ajudar neste momento tão difícil para o Brasil”, escreveu.
Fonte: Valor Econômico
Renan Calheiros — Foto: Roque de Sá/Agência Senado