Médicos federais pedem apoio para resolver impasse salarial

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Nesta quinta-feira (20), representantes dos médicos ligados à administração pública federal pediram a ajuda do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que a categoria consiga a revisão da planilha salarial em vigor. Jorge Darze, secretário de comunicação da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), explicou que os médicos federais, atualmente, ganham salário inferior aos demais profissionais de nível superior no âmbito da saúde. “Isso nunca aconteceu na administração pública”, lamentou Darze.

Segundo o secretário, a situação é consequência da Medida Provisória (MP) 568/2012, convertida na Lei nº 12.702/2012, que mudou regras do funcionalismo público. A lei retirou os médicos da carreira de saúde, trabalho e previdência, e os colocou numa carreira em separado. Com a mudança, a gratificação por desempenho da categoria acabou perdendo valor. Hoje, essa diferença está em torno de R$ 2 mil. “Um médico ganha menos R$ 2 mil do que um enfermeiro, um psicólogo, de qualquer outra profissão de nível superior no âmbito do Ministério da Saúde”, disse Jorge Darze.

Os médicos federais reclamam que, há três anos, vêm perdendo recursos e lutam por duas soluções. Uma, para que seja feita nova lei que equipare, novamente, a gratificação por desempenho; e outra, a curto prazo, para que os médicos federais possam receber a diferença existente já em 2016.

Sensibilizada, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento, acompanhou o grupo na presidência do Senado e tenta uma saída emergencial para que a gratificação seja equiparada no orçamento do que vem. “Vamos tentar ver o que se pode fazer na LDO e também abrir uma nova discussão com o ministro Nelson Barbosa”, defendeu a senadora.

“É preciso que a equipe econômica se ajuste em torno do tema, que a gente possa restabelecer ou concluir um assunto da maior importância e que é muito justo com a categoria dos médicos federais”, concluiu Rose de Freitas, indicada pelo presidente Renan Calheiros para ser a porta voz na questão.

Também participaram da reunião os senadores Jorge Viana (PT-AC), Lúcia Vânia (sem partido-GO) e Eunício Oliveira (PMDB-CE);  o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB-ES); e Otto Baptista, presidente da Fenan e Mário Antônio Ferrari, secretário-geral da Fenam.

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