O senador Renan Calheiros anunciou ontem, logo depois do encerramento da reunião da bancada alagoana com a ministra do Meio-Ambiente, Izabella Teixeira, que o Governo fixou o prazo aproximado de 30 dias para se fazer uma reavaliação conjunta – ministério, Ibama e o governo do Estado – sobre o projeto do estaleiro alagoano. Mas, o mais importante para o senador foi o compromisso assumido pela ministra de que “não vai tolerar conotação política” na avaliação do Ibama.
-“ A ministra foi categórica ao dizer que não tem nada fechado contra o estaleiro de Alagoas, ou seja, ela quer debater com os empresários ponto por ponto do relatório do Ibama, e que não vão tolerar nenhuma conotação política no parecer técnico e até condenou o relatório inicial que tratava da favelização em Coruripe” – disse o senador Renan.
Outro ponto destacado pelo senador Renan Calheiros na reunião com a ministra Izabella Teixeira foi de que ela (a ministra) garantiu que ainda há condições de salvar o investimento, ou seja, o projeto do estaleiro. “Nós vamos aguardar esse prazo e estaremos atentos para que Alagoas não perca esse investimento que é de fundamental importância para o Estado”, completou o senador Renan.
Renan também ressaltou a unidade representada pela bancada federal de Alagoas que, desde o início do projeto de instalação do estaleiro, sempre esteve a postos para apoiar o projeto. Os parlamentares que participaram da audiência com a ministra, além de Renan, foram os senadores Benedito de Lira e Fernando Collor, os deputados federais Arthur Lyra, Maurício Quintela, João Caldas e Joaquim Beltrão. Também acompanharam a reunião os deputados estaduais Judson Cabral e João Henrique Caldas, além do governador Teotonio Vilela.
Para o governador, a reunião “foi muito boa porque o assunto não foi encerrado”. Teotonio informou que o “olhar técnico da ministra vai conduzir o processo com o seu pessoal do ministério do Meio Ambiente, do Ibama e com o Governo estadual, visando a solução do problema”.
Para o líder do PMDB no Senado a reunião foi muito produtiva, uma vez que o Ibama vai reavaliar sua posição. Mais: “Alagoas tem necessidades de investimentos e toda a sociedade aguarda um desfecho favorável; não podemos permitir que Alagoas não esteja inserida no atual ciclo de investimentos vividos pelo Brasil” – concluiu Renan.