Nesta terça-feira (22), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para falar sobre a retomada do crescimento econômico e o desenvolvimento da indústria no país. Robson Andrade frisou que a CNI é contra o aumento de impostos; pediu a votação de reformas estruturais, como da previdência e administrativa, e defendeu a manutenção dos vetos que aguardam votação no Congresso Nacional.
“O país está passando por uma dificuldade muito grande, independente do mérito de um outro projeto, de um ou outro aumento de despesa, mas nós entendemos que, neste momento, o País não pode, de maneira alguma, aceitar qualquer tipo de aumento de custo, de aumento de despesa, porque nós estamos extremamente fragilizados”, afirmou Robson Andrade.
Também participaram da reunião os senadores Blairo Maggi (PR-MT) e Romero Jucá (PMDB-RR), relator e vice-presidente da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN), criada para dinamizar as propostas da Agenda Brasil, além do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade.
O presidente da CNI ainda disse que negocia com os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e Armando Monteiro, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior alternativas ao corte anunciado pelo governo para o Sistema S, conjunto de nove instituições voltadas para qualificação profissional. O governo pretende redirecionar 30% do que é recolhido para o Sistema S, cerca de R$ 6 bilhões, para a Previdência. O valor destinado ao Sistema S que pode ser deduzido do imposto de renda também vai ser reduzido.
Segundo Robson Andrade, o Sesi e o Senai recolhem, por ano, R$ 7,9 bilhões e, atualmente, o dinheiro em caixa é suficiente para manter as escolas funcionando apenas pelos próximos 10 meses. “Se você tirar 30% do Sesi e do Senai, principalmente os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste não têm como sobreviver, uma vez que o volume maior das nossas receitas está concentrado nos estados do Sul e do Sudeste. Hoje, muito das receitas do Sul e do Sudeste é destinado para cobrir as necessidade do Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, lamentou.
