O Brasil está mais violento e Alagoas, mesmo com a redução de 21,9% este ano, continua sendo o estado com maior percentual de assassinatos do País: 58,2 por cada grupo de 100 mil pessoas. A média nacional é de 28 homicídios. O segundo estado mais violento, depois de Alagoas, é o Pará (44 homicídios por cada 100 mil habitantes). O Ceará vem em terceiro, com 42 homicídios.
Os números constam do anuário de 2013 da Senasp que será divulgado oficialmente nesta terça-feira, mas que foram antecipados na manhã (4) pelo senador Renan Calheiros, presidente do Senado Federal. Em entrevista ao programa Cidadania, do radialista França Moura, na Rádio Correio, o senador peemedebista lamentou, na manhã desta segunda-feira, a difícil situação de Alagoas no ranking nacional de criminalidade.
“Tivemos um aumento dos homicídios no Brasil, que chegou, pela primeira vez, a 50.108, mas Alagoas, apesar da redução de 21,9%, ainda é o Estado que tem, percentualmente e proporcionalmente, o maior número de homicídios, com 58,2 por cada grupo de 100 mil habitantes”, lamentou o senador. Mesmo com o aumento registrado no anuário 2013 da Senasp, segundo ele, a média nacional é de 28 homicídios.
Renan anunciou que nesta segunda-feira à tarde estará reunido com a presidente Dilma, para tratar de uma extensa agenda, e que iria aproveitar para pedir a ela e ao ministro da Justiça que mantenham o plano Brasil Mais Seguro em Alagoas. “Vou pedir não apenas a continuidade, mas o reforço do plano e ações mais efetivas para acabar com esse percentual inaceitável de violência no Estado”, defende o senador.
O presidente do Senado propõe melhorar o que já existe no plano Brasil mais seguro, mantendo a guarda nacional em Alagoas. Pede a contratação de mais policiais no Estado. “Temos um dos menores índices de policial-população do Brasil. No interior, são dois ou três policiais por cidade. Isso desfaz a condição da segurança estadual enfrentar o crime organizado, o narcotráfico”, avalia.
O senador lembrou que, quando foi ministro da Justiça, há 13 anos, conseguiu, pela primeira, dar um basta na criminalidade alagoana. “A força-tarefa que conseguimos naquela época contou com o Ministério Público, com o Judiciário e com a polícia estadual e federal. Os federais ficaram à disposição do Estado durante alguns meses. Tudo aquilo precisa ser feito atualmente”, disse.
Renan também defende o reaparelhamento policiai e mais investimento em segurança pública. “O Brasil vive um momento difícil com o aumento dos homicídios, mas, infelizmente, a situação de Alagoas é a pior de todos os estados brasileiros”, concluiu o senador, na entrevista em que abordou diversos outros assuntos que tratou no Estado no fim de semana, ouvindo lideranças de vários segmentos da capital e interior.