O SR. RENAN CALHEIROS (Bloco/PMDB – AL. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, cumpro, neste momento, uma das mais dolorosas atribuições da vida pública, que é homenagear um amigo que nos deixou.
Recebi, comovido, a notícia do falecimento do Dr. Eraldo Bulhões, natural do Município de Santana do Ipanema, em Alagoas. Advogado militante, Procurador-Geral do Estado e professor, teve uma trajetória de vida pessoal e profissional que deve servir, Sr. Presidente e Srs. Senadores, de exemplo para as futuras gerações.
Por onde andou, Eraldo Bulhões deixou lições de otimismo e de solidariedade. O traço marcante de sua personalidade era a disposição de sempre ajudar os mais desfavorecidos. Com esse espírito, lutou e conseguiu criar e organizar a Defensoria Pública de Alagoas.
No campo da educação, Sr. Presidente, contribuiu, em sua terra natal, Santana do Ipanema, com o Ginásio Santana, do qual foi aluno, professor e diretor, sem receber remuneração. Também presidiu a União dos Estudantes de Santana do Ipanema.
Advogado militante, grande orador, foi Procurador do Estado de Alagoas, função de que se orgulhava e à qual dedicou seus melhores dias. Com seu trabalho e seu espírito conciliador, foi um dos fundadores e Presidente da Associação dos Procuradores de Alagoas. Presidiu, também, a Associação Nacional dos Procuradores de Estado.
Tive, Sr. Presidente e Srs. Senadores, o grato privilégio de ser seu aluno no curso de Direito da Universidade Federal de Alagoas. Tenho, sinceramente, muito orgulho disso. Lembro-me do seu entusiasmo com o magistério, que nos contagiava e estimulava a ler e a estudar.
Eu expresso, Sr. Presidente, portanto, nesta rápida intervenção, ao Senado Federal e ao povo de Alagoas, o meu reconhecimento pelo bem que o Dr. Eraldo Bulhões fez ao nosso pequeno Estado e pelas lições de sabedoria, de lealdade e de dignidade que nos deixou.
Alagoas perde um homem honrado – merecedor do nosso respeito – e sua família, Sr. Presidente, perde o pai dedicado, o irmão solidário, o marido zeloso. É, realmente, uma dolorosa ausência.
Despeço-me saudoso, portanto, nesta hora, de um amigo que sempre admirei e com quem eu gostaria, sinceramente, de ter convivido mais, mas sou, Sr. Presidente e Srs. Senadores, agradecido ao destino, que me concedeu o privilégio de conhecer Eraldo Bulhões.
Muito obrigado a V. Exª.
