PARA NUNCA ESQUECER O HORROR DO HOLOCAUSTO

A história da insurreição do Gueto de Varsóvia – e de toda a Segunda Grande Guerra – nos relata uma das páginas mais dramáticas da barbárie autoritária. E o que é capaz o homem, em um extremo de maldade e selvageria, de planejar o extermínio de um povo por ser diferente. Na outra ponta, a outra face desta mesma história, nos legou a bravura, a coragem e resistência de quem se levanta diante de tantas atrocidades.
 
Aquele distante abril de 1943, em que a colônia judia de Varsóvia se insurgiu contra a morte certa nas câmaras de gás, nos deixou lições importantes. 
Cada um de nós, cada geração e cada povo poderá escolher a melhor forma de aprender com tão cruel episódio.
 
O ato de resistência contra os nazistas, que já tinham levado ao campo de extermínio de Treblinka cerca de 310 mil judeus, foi uma tentativa sobre-humana de sobrevivência. Assolados pela fome, pelo medo, e pelo frio, os 60 mil sobreviventes resistiam amontoados em porões, sótãos, esgotos, em qualquer lugar, enfim, que pudesse livrá-los da morte anunciada. Desses, 50 mil foram levados acorrentados aos fornos crematórios. Sete mil, impiedosamente massacrados.
 
Inúmeras são as produções cinematográficas que nos mostram os horrores por que passaram. Creio que cada um de nós pode puxar da memória uma cena em especial, de desespero, de agonia e de sofrimento extremo de famílias inteiras serem arrastadas para os camburões que os levariam à morte.
 
A crença na existência de uma raça superior levou uma nação a tal desatino, naqueles idos. Mas, infelizmente, não é o único exemplo que temos, pois as tentativas de genocídio e de aniquilação do diverso, do diferente, é recorrente. Ao longo da história, a ideia foi utilizada muitas vezes. 
Algumas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e ainda para justificar o combate aos homossexuais, aos negros, aos índios, aos ciganos, ao deficiente. Enfim, ao diferente.  
 
Assim nos parece que muitas lições ainda temos que aprender. O racismo não morreu e permanece sendo um grande desafio para todos os povos e nações. A intolerância ainda continua viva e pode ser constatada em diversos aspectos de nossas vidas. 
Não por outro motivo, a artista plástica checa Helga Weiss recentemente tomou coragem para nos contar os horrores pelos quais passou em um campo de concentração. 
Diz que resolveu publicar a obra “O Diário de Helga” por que lhe aflige verificar que a intolerância continua atingindo graus extremos na política, na religião, como se pouco, ou nada, se tenha aprendido sobre os riscos e as consequências de alimentar o ódio.
 
Oxalá seu relato e sua mensagem sirvam à reflexão de todos. E que essa sessão especial em memória dos mortos do Holocausto, e para marcar o transcurso de setenta anos da insurreição do Gueto de Varsóvia,  seja também objeto para nossas reflexões.
O Brasil é reconhecido mundialmente como um país que recebe de braços abertos os imigrantes que por aqui aportam. 
Não por outro motivo, nosso passaporte é o mais ambicionado por falsificadores, já que um brasileiro pode ter a cara de um indivíduo de qualquer etnia existente no mundo. Aqui se falam várias línguas. Aqui temos muitas gastronomias. Aqui se dançam diversos ritmos. Aqui professamos muitas religiões. Não deixemos, pois, que os preconceitos transformem o Brasil em uma nação de intolerância, seja ela qual for: racial, cultural, regional, religiosa, de orientação sexual. 
 
Muito Obrigado.
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