HOMENAGEM AO EX-SENADOR RONALDO CUNHA LIMA

O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. Bloco/PMDB – AL) – Exmo Senador Cícero Lucena, Exmo Senador Cássio Cunha Lima, Exmo Senador Vital do Rêgo, Exmo Senador Ivandro Cunha Lima, Exmo Vice-Governador Rômulo José Gouveia, Exmo Prefeito do Município de Campina Grande, Romero Rodrigues, eu quero aproveitar a oportunidade e fazer uma alusão, com muita satisfação, em nome da Mesa do Senado Federal, aos familiares do homenageado aqui presentes: à Srª Maria José Cunha Lima, irmã; à Srª Terezinha Moura de Moura, irmã; ao Sr. Pedro Cunha Lima, neto; ao Sr. Diogo Cunha Lima, também neto; ao Vereador do Município de Campina Grande, Sr.

 Bruno Cunha Lima, sobrinho; ao Deputado Estadual pelo Estado da Paraíba, João Gonçalves; ao Deputado Estadual também pela Paraíba, Lindolfo Pires; ao Secretário de Turismo de João Pessoa, Leonardo Johnson Gonçalves Abrantes, representando o Prefeito do Município de João Pessoa, Luciano Cartaxo; ao Secretário de Estado do Planejamento e Gestão da Paraíba, Gustavo Nogueira; ao Vereador do Município de João Pessoa, Bruno Farias; ao Presidente da Academia Paraibana de Letras, Damião Ramos Cavalcanti; ao Presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, Diógenes Cunha Lima; ao Gleriston Lucena, ex-Deputado Federal.
Aproveito a oportunidade também para destacar as honrosas presenças do jornalista Nêumanne Pinto – é um honra tê-lo aqui no Senado Federal –, dos artistas Genival Lacerda, Luiz Vieira, Agnaldo Timóteo, também vereador, ex-deputado federal, querido amigo; senhoras e senhores membros da Academia Paraibana de Letras, Srªs e Srs. Senadores, Srªs e Srs. Deputados Federais.
Em boa hora os Senadores Cássio Cunha Lima, Cícero Lucena e Vital do Rêgo requereram esta justa sessão especial para homenagear a figura humana e a carreira política e literária de Ronaldo Cunha Lima, amigo dileto, com o qual tive o privilégio de conviver aqui no Congresso Nacional.
Vivo estivesse, o ex-Senador pelo Estado da Paraíba estaria completando 77 anos de idade. Muito poderia falar para reverenciar a memória de Ronaldo Cunha Lima. A sua personalidade multifacetada permite a nós homenageá-lo de diversas maneiras.
Podemos citar os vários cargos para os quais foi eleito caso queiramos ressaltar sua exitosa carreira política. Podemos buscar os versos de sua veia poética, como fez há pouco Luiz Vieira, se quisermos reverenciar a obra literária que Ronaldo nos deixou. E podemos ainda nos lembrar da simpatia que foi, na nossa convivência, Ronaldo Cunha Lima aqui no Senado Federal.
Naquele período, tive a satisfação de recepcionar Ronaldo Cunha Lima em várias oportunidades em Alagoas, inclusive na minha terra, na minha cidade de Murici. A sua presença tornou-se inesquecível naqueles encontros, vividos de alegria, inteligência e humor refinado.
Em quase meio século de atuação política, Ronaldo foi eleito para quase todos os cargos possíveis tanto no Legislativo quanto no Executivo: vereador, prefeito, deputado estadual, governador, senador, deputado federal.
Aos 23 anos, tornou-se vereador na cidade de Campina Grande. Em seguida, foi deputado estadual por dois mandatos e, em 1969, elegeu-se prefeito de Campina Grande. Seu mandato, no entanto – todos sabem –, foi cassado pela ditadura militar.
No ostracismo, Ronaldo sobreviveu advogando durante uma década entre Rio e São Paulo. Em 1983, já no PMDB, novamente eleito voltou à prefeitura de sua Campina Grande. No ano de 1990 foi eleito governador da Paraíba. Após esse cargo máximo em seu Estado, veio para o Senado onde brilhou na defesa do povo paraibano e do povo brasileiro. Em 2001 migrou para a Câmara dos Deputados, onde exerceu ainda dois mandatos como representante de seu Estado natal.
Deixou a vida política somente quando os problemas de saúde o impediram de continuar defendendo o povo paraibano e o povo brasileiro, o que fez, repito, com denodo e muita dedicação. Entre outras lutas, recordo-me bem de sua defesa pela transposição do Rio São Francisco para o abastecimento dos Estados nordestinos; de sua demanda por aumento da dotação orçamentária do crédito educativo; de sua luta pela cidadania plena das pessoas com necessidades especiais; de sua iniciativa de publicar a Constituição brasileira em braile.
Todas essas bandeiras dignificaram o político Ronaldo Cunha Lima, e sua família, Cássio, pode delas se orgulhar.
Entretanto, todos sabem, uma outra paixão também conduziu a vida de Ronaldo Cunha Lima: a poesia. Não por outro motivo, gostava de ser chamado de poeta, paixão essa que herdou de seu avô, reconhecido como um exímio soletrista. Seu desempenho literário foi celebrizado quando, em 1994, assumiu a cadeira de número 14 na Academia Paraibana de Letras.
Ronaldo lançou diversos livros, entre eles Roteiro Sentimental, Versos Gramaticais e dois livros dos brilhantes pronunciamentos feitos daqui da tribuna do Senado Federal. Manteve nos últimos tempos de sua vida uma coluna semanal no Jornal da Paraíba, na qual publicou seu último soneto, Chorando Letras.
Apaixonado pela obra do poeta Augusto dos Anjos, em 1988, participou, como todos sabem, e venceu o programa Sem Limite, da Rede Manchete, que fazia perguntas sobre a vida de seu conterrâneo.
Da lavra de Ronaldo Cunha Lima é a petição em versos intitulada “Habeas Pinho”, que ouvimos há pouco pelo Luiz Vieira, muito conhecida e apreciada nos escritórios de advocacia, restaurantes e bares do nosso País.
A grave doença que lhe ceifou a vida em 7 de julho de 2012 retirou, assim, do nosso convívio, um bravo político, e privou-nos também de um apaixonado poeta. Eu, particularmente, sinto a ausência de um grande amigo, cuja memória hoje reverenciamos com orgulho.
Todas essas virtudes do Ronaldo Cunha Lima foram herdadas pelos filhos e, particularmente, pelo Senador Cássio Cunha Lima que hoje multiplica e honra a memória do pai, Ronaldo Cunha Lima.
Todas as palavras serão escassas, e todas as homenagens serão insuficientes para expressar o quanto esse magnífico paraibano honrado representou para o seu povo e para o Brasil.
Gostaria de encerrar esta breve homenagem com uma lição do poeta Ronaldo Cunha Lima: “A fé é uma fonte que se alimenta do eterno. Nela, os homens se dessedentam e se revigoram para as travessias das solidões e dos desertos da vida”.
Muito obrigado. 
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