ECONOMIA E EMPREGOS

O SR. RENAN CALHEIROS (Bloco/PMDB – AL. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Jayme Campos, amigo querido, é um prazer muito grande tê-lo como Presidente desta sessão. Srªs Senadoras, Srs. Senadores, alguns dados bastante expressivos do vigor da economia brasileira foram obscurecidos durante esta semana.

 

O primeiro, e mais importante deles, demonstra a saúde da geração de empregos no País, dados de abril de 2011. E é importante ressaltá-los, reafirmá-los.
O Brasil criou 272.225 empregos formais em abril. O resultado, embora mais modesto que o mesmo mês de 2010, indica a retomada do emprego neste ano e revela um fenômeno curioso de inversão do eixo migratório interno.
Os Estados das regiões Norte e Nordeste vêm, de maneira consistente, ampliando a oferta de trabalho com carteira assinada. Ou seja, Sr. Presidente, o Norte e o Nordeste estão liderando as novas chances de trabalho no Brasil.
Esses dados reforçam a constante tendência de desconcentração da economia brasileira, movimento que, ao longo dos últimos anos, está beneficiando as áreas mais pobres do País. Com forte expansão, os Estados conhecidos como exportadores de mão de obra para os grandes centros urbanos passaram a atrair investimentos e muito trabalhadores estão regressando aos seus Estados de origem.
Os dados do Ministério do Trabalho, Sr. Presidente, mostram que, desde 2008, depois da crise financeira internacional, o Norte do País apresentou o maior crescimento na criação de empregos formais – foram abertas 144 mil vagas no ano passado, ante 60 mil, dois anos antes. Isso representou um aumento de 138%.
No Nordeste, a elevação foi de 90%. Saímos de 266 mil para 506 mil empregos com carteira assinada. Em sentido inverso, a abertura de vagas formais nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste cresceu em ritmo mais lento. No Sul, a subida foi de 49%; no Sudeste, 39%; e no Centro-Oeste, 30%.
No primeiro quadrimestre desde 2001, Sr. Presidente e Srs. Senadores, os resultados globais para todo o Brasil também foram muito positivos: 880.717 empregos com carteira assinada. Esse desempenho foi puxado pelos setores da indústria de transformação, dos serviços e da construção civil.
O aumento do preço das commodities – produtos primários com cotação internacional –, depois da crise mundial, acabou beneficiando a economia de Estados com vocação agrícola, fora do eixo Rio-São Paulo.
Além da agricultura, o setor que tem mais contribuído para expansão do emprego, como todos sabem, é a construção civil.
Em Alagoas, por exemplo, esse setor segue como o maior gerador de empregos com carteira assinada. Em abril, a construção civil gerou um saldo positivo de 601 novas vagas.
O setor lidera com folga a geração de empregos, com 14.784 empregos com carteira assinada nos últimos vinte e quatro meses. Em 2010, foram 7,5 mil postos de emprego, o que representou um aumento de 37,7% no estoque formal de empregos.
A vitalidade desse setor é explicada pelos investimentos que o Governo federal vem realizando no Estado de Alagoas.
Os programas como Minha Casa, Minha Vida, diversas obras de infraestrutura do Plano de Aceleração do Crescimento, a recuperação e a duplicação de rodovias e a reconstrução das cidades afetadas, Sr .Presidente, Srs. Senadores, pelas enchentes estão sendo decisivas para manter o mercado de empregos em alta no nosso Estado.
Só o investimento no programa Mina Casa, Minha Vida, de acordo com o Sinduscon de Alagoas, foi R$ 1,8 bilhão, com contratação de cerca de 40 mil unidades – números que incluem também as 17,5 mil obras das casas destruídas pelas enchentes.
Os programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família, também influem na alavancagem da atividade no interior do país. Elas aumentam a demanda da população por bens e serviços e, consequentemente, Sr. Presidente, Srs. Senadores, impulsionam o mercado de trabalho. Em muitas cidades do interior o comércio vive e sobrevive da renda de programas como o Bolsa Família, que eu tive a honra e a satisfação de relatar e aprovar no Senado Federal.
Outro dado relevante para a economia foi o recuo nos índices que monitoram o comportamento da inflação. Os dados da FIPE, de São Paulo, por exemplo, sugerem uma inversão na curva de alta, Sr. Presidente e Srs. Senadores. O Índice de Preços ao Consumidor- IPC, apurado pelo Instituto, desacelerou para 0,56% na segunda quadrissemana de maio depois de ter registrado alta de 0,65% na primeira prévia do mês. O indicador, portanto, ficou abaixo da média das apostas do mercado.
Dos preços pesquisados, vários setores registraram desaceleração da alta de preços em relação à primeira quadrissemana de maio. Foi o caso da habitação, alimentação e transportes, que vieram de altas consecutivas e agora recuaram.
Observa-se com estes números que existe uma preocupação do governo federal permanente para manter a inflação dentro dos limites. 
Certamente, Sr. Presidente, Srs. Senadores, isso tudo contribuiu para este cenário, e contribuiu também para esse cenário o recuo nos preços dos combustíveis. O preço do etanol, com o fim da entressafra, demora até chegar às bombas, mas deve cair ainda mais nos próximos dias.
Com números como esses, certamente bateremos um novo recorde na geração de empregos em 2011. 
No que depender, Sr. Presidente e Srs. Senadores, do PMDB, na formulação e na aprovação de leis que desonerem a produção e estimulem o emprego, nós transformaremos 2011 no ano do pleno emprego no Brasil.
Eu quero agradecer a V. Exª pela oportunidade, agradecer também ao Senador Jayme Campos pela oportunidade e dizer, mais uma vez, da satisfação de vir a esta tribuna e colocar esses números que são satisfatórios e muito bons para a economia brasileira, indicando, Sr. Presidente, a retomada do emprego e a manutenção do crescimento, uma vocação devolvida a nosso País, que, durante muito tempo, cresceu economicamente e que precisa continuar crescendo. E, ao que tudo indica – e essas informações sugerem –, nós vamos continuar crescendo para o bem do povo brasileiro. 
Muito obrigado a V. Exª.
 
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