AS CONQUISTAS NOS 45 ANOS DO PMDB

 É com grande satisfação que compareço a mais este grande evento do PMDB, que pretende debater as contribuições do partido para o futuro do Brasil. Mais uma vez o PMDB demonstra sua responsabilidade,  exibe a vitalidade e força desta que é a maior agremiação partidária do Brasil. 

Este ano o PMDB completou 45 anos de lutas e conquistas. Bandeiras que começaram no MDB, rebatizado de PMDB pela força da tentativa de golpe eleitoral de 1980, quando, novamente, tentou-se enfraquecer o partido fragilizando o peso de sua sigla.
A trajetória do partido se confunde e se mistura com a história e com o futuro do Brasil. É uma legenda que pertence ao dia a dia da sociedade brasileira, às suas instituições e à cultura política brasileira. Todo mundo que transita pela vida pública tem, em seu DNA político, um pouco de PMDB.
                            
Afinal, lá atrás, nos tempos mais sombrios da ditadura militar, foi o MDB que comandou nas ruas o processo de redemocratização e conquistou a volta das liberdades e dos direitos individuais e coletivos.
Quem há de esquecer as cenas históricas do Doutor Ulysses, em 1978, ao desembarcar na Bahia, nos anos mais duros da ditadura militar?
Aquela frágil figura enfrentando, indômito, as baionetas da tropa de choque da polícia e seus cães raivosos.  Os policiais tentavam impedir o presidente do MDB de entrar  na sede do partido no bairro de Campo Grande, em Salvador.
Bradava ele, solitário, no meio das ruas, fazendo a polícia recuar e empurrando o cano de um fuzil apontado contra si: “Respeitem o líder da oposição”.   E como ele foi e ainda é respeitado.
O PMDB manteve por muito tempo o traço de frente partidária. Por isso albergou comunistas, trotksitas, maoístas e outras matizes ideológicas que, depois da redemocratização, fundaram seus próprios partidos.
Até nossos conservadores foram menos conservadores que os demais.
Isso porque nossos líderes, situados ideologicamente mais ao centro, nunca tiveram medo da mudança e, por isso, sequer mereciam esta chancela. Foram verdadeiros revolucionários disfarçados de doces conservadores. Foi o PMDB que lançou um anti-candidato à Presidência, figura simbólica e fundamental para o Brasi; foi o PMDB que conquistou a anistia, acabou com o bi-partidarismo, com o processo espúrio do colégio eleitoral e puxou o coro vitorioso das diretas-já.
Foi o PMDB que capitaneou as últimas revoluções do país, muito embora tenham sido revoluções silenciosas.
A maior delas foi, inequivocamente, a Assembléia Nacional Constiuinte, conquistada junto com a sociedade pelo PMDB e convocada pelo nosso presidente José Sarney. Um presidente que teve desprendimento, visão política e envergadura ao trazer o Brasil, com mãos muito firmes, da escuridão para a luminosidade da democracia. Devemos esta reverência – histórica – ao papel do Presidente Sarney naquele momento.
A Constituição Cidadã transformou o Brasil. Ela devolveu as prerrogativas e poderes de um Congresso garroteado pela ditadura, deu autonomia ao Judiciário  e ao Ministério Público, até então decorativo.
Restabelecemos as eleições livres e diretas e os direitos sociais e coletivos foram resgatados. A constituição de 88, mesmo com suas imperfeições compreensíveis, enterrou a ditadura, o atraso e devolveu o Brasil para sua vocação de futuro.
De lá pra cá, o PMDB vem conquistando a confiança dos eleitores e, entre as grandes legendas, é um dos poucos que cresce a cada pleito.
Temos o maior número de filiados, o maior número de prefeitos, vereadores, deputados estaduais, a maior bancada do Senado Federal, a segunda bancada da Câmara dos Deputados e cinco governadores.
Em quantidade de votos absolutos, inclusive nos grandes centros, o desempenho do PMDB também tem surpreendido até seus maiores críticos. Tradução numérica de que a direção do partido, representada pelo vice-presidente Michel Temer e agora pelo nosso senador Valdir Raupp, está sintonizada com a sociedade ao definir e acertar os rumos da legenda durante os últimos anos.
Nos últimos anos o PMDB vem honrando seus compromissos históricos com o Brasil. Depois da reconquista dos direitos mais elementares, a democracia precisa ser completada com justiça e inclusão social. As novas transformações vieram, notadamente no campo sócio-econômico.
O País retirou mais de 30 milhões de brasileiros da miséria absoluta, a classe média aumentou substancialmente, criamos mais de 15 milhões de novos empregos com carteira assinada, distribuimos renda, aumentamos salários e o País vem crescendo em ritmo sustentado e distribuindo riquezas. Prova disso é a constante expansão do consumo das famílias brasileiras.
Olhar para trás nos dá a sensação de dever cumprido, mas ainda há muito a ser feito. Afinal democracia não só o direito de ir e vir, o direito de votar. É também mobilidade econômica, igualdade de oportunidades para todos e justiça social.
Sem isso nenhuma democracia estará completa, nenhum democrata estará satisfeito.
Temos novos desafios pela frente e uma eleição municipal onde vamos repetir o desempenho de 2008, onde elegemos o maior número de prefeitos e a maior quantidade de vereadores por todo o Brasil. Temos, portanto, quantidade e qualidade em nossos quadros para, legitimamente, ambicionarmos projetos de poder mais ousados num futuro muito próximo.  Contruímos a democracia, construímos a cidadania e vamos ajudar a criar um Brasil melhor para todos.
Muito obrigado!
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