46 ANOS DO PMDB

É com grande satisfação que compareço a mais este grande evento do PMDB. Mais uma vez o PMDB demonstra responsabilidade,  vitalidade e força desta que é a maior agremiação partidária do Brasil.  
Este ano o PMDB completou quarenta e seis anos de lutas e conquistas. Bandeiras políticas, institucionais, econômicas e sociais originadas no MDB, rebatizado de PMDB pela força da tentativa de golpe eleitoral de 1980, quando, novamente, tentou-se enfraquecer o partido fragilizando o peso de sua sigla.

A trajetória do partido se mistura com a história e com o futuro do Brasil.  É uma legenda que pertence ao dia a dia da sociedade brasileira, às suas instituições e à cultura política brasileira. Todo mundo que transita pela vida pública tem, em seu DNA, um pouco de PMDB.
Afinal, lá atrás nos tempos mais sombrios da ditadura militar, foi o MDB que comandou nas ruas o processo de redemocratização e conquistou a volta da liberdades e dos direitos individuais e coletivos. 
Quem há de esquecer as cenas históricas do Doutor Ulysses em 1978 ao desembarcar na Bahia nos anos mais duros da ditadura militar? 
Aquela frágil figura enfrentando as baionetas da tropa de choque da polícia e seus cães raivosos. Bradava ele solitário, no meio das ruas, fazendo a polícia recuar e empurrando o cano de um fuzil apontado contra si: “Respeitem o líder da oposição”.   E como ele foi e ainda é respeitado.
O PMDB manteve por muito tempo o traço de frente partidária. Por isso albergou comunistas, trotksitas, maoístas e outras matizes ideológicas que, depois da redemocratização fundaram seus próprios partidos. 
Até nossos conservadores foram menos conservadores que os demais. Isso porque nossos líderes situados, ideologicamente, mais ao centro nunca tiveram medo da mudança e, por isso, sequer mereciam esta chancela. Foram verdadeiros revolucionários disfarçados de doces conservadores. 
Foi o PMDB que lançou um anti-candidato à Presidência, figura simbólica e fundamental para o Brasil, foi o PMDB que conquistou a anistia, acabou com o bi-partidarismo, com o processo espúrio do colégio eleitoral e puxou o coro vitorioso das diretas-já. Foi o PMDB que capitaneou as últimas revoluções do país, muito embora tenham sido revoluções silenciosas. 
A maior delas foi, inequivocamente, foi Assembléia Nacional Constiuinte, conquistada junto com a sociedade pelo PMDB e convocada pelo nosso presidente José Sarney. Um presidente que teve desprendimento, visão política e envergadura ao trazer o Brasil, com mãos muito firmes, da escuridão para luminosidade da democracia. 
Devemos e deveremos sempre esta reverência – histórica – ao papel do Presidente Sarney que muito honra esta legenda e, por muitas vezes e até por intolerância e preconceito, foi incompreendido. 
A Constituição Cidadã transformou o Brasil. Ela devolveu as prerrogativas e poderes de um Congresso garroteado pela ditadura, deu autonomia ao Judiciário ao Ministério Público até então decorativo. 
Restabelecemos as eleições livres e diretas e os direitos sociais e coletivos foram resgatados. A constituição de 88, mesmo com suas imperfeições compreensíveis, enterrou a ditadura, o atraso e devolveu o Brasil para sua vocação de futuro, caminho que trilhamos neste momento.
De 1988 para cá, o PMDB vem conquistando a confiança dos eleitores e, entre as grandes legendas, é um dos poucos que cresce a cada pleito. Temos o maior número de filiados, o maior número de prefeitos, vereadores, deputados estaduais, a maior bancada do Senado Federal, a segunda bancada da Câmara dos Deputados e 5 governadores. 
Em quantidade de votos absolutos, inclusive nos grandes centros, o desempenho do PMDB também tem surpreendido até seus maiores críticos. Tradução numérica de que a direção do partido, representada pelo presidente Michel Temer e agora pelo nosso Senador Valdir Raupp, está sintonizada com a sociedade ao definir e acertar os rumos da legenda durante os últimos anos.
A última eleição presidencial foi histórica para o Brasil e, particularmente,  para o PMDB. Depois de anos de autofagia, divisões internas, o apoio firme, desassombado a continuidade de um programa de governo que está dando certo apagou as ambigüidades do passado. 
A formalização da aliança com a Presidente Dilma Roussef, com a indicação do presidente Michel Temer, foi um gesto de coerência  de quem ajudou a implementar e a aprovar as políticas hoje vitoriosas. A sociedade não compreenderia  outra contradição.  O vice-Presidente Michel Temer é um homem honrado, trabalhador competente, aglutinador, jurista respeitado e experiente e por estas virtudes conseguiu a proeza de agregar o partido e tem dado grandes contribuições ao Brasil
A trajetória do PMDB, reitero, se confunde com a história do Brasil. Ela está atrelada à responsabilidade. Ao longo dos últimos anos PMDB tem sido o pilar da governabilidade. Pena que este seja um conceito só valorizado em crises. Em tempos democráticos e estáveis, a governabilidade é até tratada pejorativamente.
O PMDB, frustrando profecias que a toda eleição insistem em nos empurrar para papéis secundários, vem recebendo mais votos a cada eleição que disputa e vem conquistando mais cadeiras a cada pleito, inclusive com a reinserção do partido em grandes centros. 
Estamos tendo crescimento permanente no número de deputados, senadores, governadores, prefeitos, vereadores, no número absoluto e total de votos. É uma legenda que, a despeito de profecias malogradas, mantém a credibilidade da população que, inclusive, vem reinserindo o partido em grandes centros dos quais estava afastado. Dados que mostram a coerência e acertos da direção do partido.
O eterno interesse em torno do PMDB é natural, dada sua credibilidade, aceitação e capilaridade. Na última eleição para prefeituras, a votação histórica de 19,4 milhões de votos, 1203 prefeituras, entre elas 6 capitais e 8.481 vereadores. Temos muito zelo por este patrimônio e tenho certeza de que, graças ao esforço que vem sendo feito pelo Presidente Valdir Raupp,  ampliaremos este número nas próximas eleições.  
Em respeito aos votos confiados ao partido, o PMDB vem honrando seus compromissos históricos com o Brasil. Depois da reconquista dos direitos mais elementares, a democracia precisa ser completada com justiça e inclusão social. As novas transformações vieram e estão acontecendo agora no campo sócio-econômico.
O País retirou mais de 30 milhões de brasileiros da miséria absoluta, a classe média aumentou substancialmente, criamos mais de 15 milhões de novos empregos com carteira assinada, distribuimos renda, aumentamos salários e o País vem crescendo em ritmo sustentado e distribuindo riquezas. Prova disso é a constante expansão do consumo das famílias brasileiras e o reconhecimento internacional da evolução brasileira. 
Este ano também foi o PMDB que provocou a rediscussão do pacto federativo e encampou a recuperação capacidade de investimentos dos Estados.
No ano passado, em um encontro com a Presidente Dilma, defendemos a necessidade de renegociar novos parâmetros para as dívidas dos estados com a União. O atual indexador da dívida, IGP-DI – Índice Geral de Preços – é desproporcional e incompatível com a atual realidade do Brasil e com a capacidade de pagamento dos estados.
O PMDB subscreveu um projeto de Lei de iniciativa do Senador Eduardo Braga mudando o indexador, que passou a ser a bandeira prioritária do PMDB. 
Outra deliberação, igualmente importante, foi a unificação estadual do ICMS. Mais recentemente o partido também ajudou a aprovar o compartilhamento das receitas do ICMS no comércio não presencial, outro ponto de desequilíbrio federativo.
 
Olhar para trás nos dá a sensação e dever cumprido, mas ainda há muito a ser feito. Afinal democracia não só o direito de ir e vir, o direito de votar. É também mobilidade econômica, igualdade de oportunidades para todos e justiça social.
Sem isso nenhuma democracia estará completa, nenhum democrata estará satisfeito. Temos novos desafios pela frente e uma eleição municipal onde vamos repetir o desempenho de 2008, onde elegemos os maior número de prefeitos e a maior quantidade de vereadores por todo o Brasil. 
Temos, portanto, quantidade e qualidade em nossos quadros para, legitimamente, ambicionarmos projetos de poder mais ousados num futuro muito próximo. Contruímos a democracia, construímos a cidadania e vamos ajudar a criar um Brasil melhor para todos.
Muito Obrigado
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