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UMA DÉCADA DE MUDANÇAS SOCIAIS

O rendimento médio das pessoas com mais de 16 anos de idade registrou aumento real de 16,5% entre os anos de 2001 e 2011. No período, as mulheres e os trabalhadores do mercado informal foram os que apresentaram os maiores ganhos reais, de 22,3% e 21,2% cada um.
Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira 2012, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  -IBGE – divulgou no final do ano passado.
No caso das mulheres, o maior aumento foi observado na Região Nordeste (39,6%) e, entre os trabalhadores informais, na Região Centro-Oeste (31,1%). Segundo o IBGE, a desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres tem se reduzido nos últimos anos, mas as mulheres ainda recebem menos que os homens – em média 73,3% do rendimento deles. Esta é, sem dúvida, uma realidade que precisa ser alterada.
Outra importante constatação do estudo é a redução da desigualdade. A diferença entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres, embora grande, tem apresentado quedas consideráveis. Entre 2001 e 2011 o rendimento familiar per capita da fatia mais rica caiu de 63,7% do total da riqueza nacional para 57,7%. No mesmo período, os 20% mais pobres apresentaram crescimento na renda familiar per capita, passando de 2,6% do total de riquezas do país em 2001 para 3,5% em 2011.
Sem nenhuma dúvida, a sensível redução da desigualdade ocorreu em virtude das políticas de redistribuição de renda no país, com valorização do salário mínimo, expansão do programa Bolsa Família e ganhos educacionais, que permitem ao trabalhador almejar postos mais altos. Outros fatores foram o crescimento econômico e controle da inflação que, outrora, corroía os salários.
       Outro índice da mesma pesquisa a demonstrar a redução da desigualdade é o coeficiente de Gini, que vem apresentando uma redução constante a cada ano, desde a década de 90, quando atingiu o nível mais alto, de 0,602, chegando a 2011 com 0,508. Quanto menor o número, menos desigual é o país.
O crescimento dos ganhos dos trabalhadores e a redução da desigualdade entre ricos e pobres são motivos de celebração. Afinal, no período analisado, foram duas severas crises econômicas mundiais. Quando presidente do Congresso Nacional, tive a oportunidade de criar a comissão que mudou a fórmula de reajuste do salário mínimo. Na outra ponta, como relator, também tive a honra, como relator, de ajudar a aprovar o programa Bolsa Família. Duas iniciativas vitais para o Brasil.
 
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