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TRABALHO É SAGRADO

O Senado Federal recebeu da Câmara dos Deputados o projeto de Lei 4330 que tratava, inicialmente, da regulamentação jurídica da mão de obra terceirizada. Ao contrário do que se propalou, o Senado Federal não vai engavetar nenhum projeto porque não pode sonegar o debate de qualquer tema.

O projeto, durante sua tramitação na Câmara (12 anos), ampliou a terceirização da mão-de-obra. Por isso, ao invés de regulamentação está se abrindo uma larga avenida para aumentar esta modalidade. Por este motivo vamos discuti-lo criteriosamente, envolvendo todos os interessados na regulamentação, principalmente os trabalhadores, referências inafastáveis e prioritárias na discussão.

Sempre defendi a regulamentação. Ela é o instrumento insubstituível para a segurança jurídica, para ampliação da previsibilidade do mercado e resolução do problema do setor que emprega atualmente mais de 12 milhões de trabalhadoras e trabalhadores.

Terceirizar a atividade fim, liberar geral, significa revogar a Consolidação das Leis do Trabalho, precarizar as relações de trabalho e importa numa involução para os trabalhadores brasileiros. Um inequívoco retrocesso. É sabido que os servidores terceirizados têm cargas de trabalho superior, recebem salários menores e a maioria não tem oportunidades de se qualificar melhor.

A CLT é uma das maiores conquistas dos trabalhadores e consumiu 13 longos anos até ser sancionado pelo Presidente Getúlio Vargas em 1943. Ela é vital para o trabalhador e o PMDB, partido responsável pelas garantias individuais e coletivas da Constituição, não irá concordar com propostas que fragilizem o trabalhador. No dia internacional do trabalhador é esta homenagem que o Senado fará: colocar um freio na pretensão de rebaixar os direitos trabalhistas.

Nos últimos tempos o Congresso Nacional tem trabalhado por preservar suas prerrogativas. Este cenário de alargamento institucional representa o fortalecimento, a independência do Congresso Nacional e só faz bem ao Brasil e às suas instituições. Temos que ir em frente e dar as costas àqueles que têm horror ao ativismo parlamentar.

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