TODO DIA É DIA DA MULHER

No dia 8 de março de 1857 as operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, nos Estados Unidos, realizaram um grande movimento grevista que entrou para história mundial. Elas ocuparam a fábrica têxtil e exigiram melhores condições de trabalho. As trabalhadoras foram às ruas para reduzir a carga de trabalho de dezesseis para dez horas diárias,  pedir a equiparação de salários com os homens – as mulheres recebiam até um terço do salário de um homem para o mesmo tipo de trabalho – e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.


A manifestação foi duramente reprimida. As mulheres foram trancadas no interior da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. Só no ano de 1910, durante uma conferência  na Dinamarca, escolheu-se o dia 8 de março para celebrar  o dia Internacional da Mulher, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica 50 anos antes.
A data, naturalmente  não serve apenas para comemorar. As conferências, debates e reuniões  em todo o mundo visam discutir o papel da mulher na sociedade atual. Todo esforço é para acabar de vez com o preconceito e a desvalorização do trabalho feminino. Mesmo com avanços, as mulheres ainda são vítimas de salários diferenciados, agressões e jornadas excessivas de trabalho.
No Brasil estamos avançando – lentamente – no campo legal e na diminuição do preconceito. O primeiro passo foi dado em 24 de fevereiro de 1932. Nesta data – um marco na história da mulher brasileira – foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistaram, depois de muitos anos, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. Após 70 anos elegemos,  pela primeira vez, uma mulher para presidir o Brasil.
O País é também um dos pioneiros na criação de cotas femininas nas eleições para o Congresso. O resultado é que a cada nova legislatura vemos crescer o talento das mulheres dentro do Parlamento. Outra legislação relevante – adotada no período em que presidi o Congresso – foi a Lei Maria da Penha, contra agressores de mulheres.
Este ano a data coincide com a terça-feira de carnaval e não pode ser esquecida. Mais do que celebração, precisamos aprofundar o debate em torno do tema e ampliar os direitos femininos. Hoje o preconceito existe e, por ser velado, representa uma ameaça silenciosa e permanente. A ponta mais visível dela está na discriminação salarial que está com os dias contados.

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