SEGURANÇA PÚBLICA: A HORA DA VERDADE

O Brasil e o mundo acompanharam as ações do crime organizado no Rio de Janeiro na última semana. Desesesperados com a perda de território e de dinheiro, os bandidos apelaram para o terrorismo urbano e incendiram perto de 100 veículos, entre coletivos e carros particulares. Mas o narcoterrorismo teve uma resposta enérgica e à altura.
Em pouco mais de 72 horas, as forças de segurança nacional, que incluíram uma inédita força-tarefa com 2,8 mil homens do exército, marinha, aeronáutica, polícia militar, civil, polícia federal, corpo de bombeiros e polícia rodoviária federal, tomaram duas cidadelas do crime.

Caíram territórios até então considerados inexpugnáveis: a Vila Cruzeiro e o complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro.
Numa ação coordenada e planejada foram presos dezenas de criminosos e traficantes de alta periculosidade, apreendidas 42 toneladas de drogas – a maioria maconha -, dezenas de fuzis, pistolas, granadas e farta munição. Na mesma operação foram recuperadas perto de 400 motocicletas roubadas que estavam em poder dos traficantes.
A operação, sob todos os pontos de vista, foi um sucesso. Primeiro porque retirou dos traficantes seus bens mais valiosos: território organizado e dinheiro. Até a mais recente avaliação, os prejuízos impostos ao tráfico somaram R$ 100 milhões. Este estrangulamento financeiro é vital no combate ao crime. Descapitalizados e acuados eles não voltarão a atuar tão cedo.
A mega operação no Rio de Janeiro é apenas o começo e deve servir de ponto de partida para rediscutirmos todo o modelo de segurança pública do Brasil, sabidamente falido e ineficaz. A sinergia de forças policiais se mostrou eficiente e deve ser estendida a outras unidades da federação que têm problemas com o crime organizado.
Segurança pública é um tripé cuja eficiência depende de inteligência, efetivos e, principalmente investimentos. O Congresso Nacional vem se fixando neste debate e, em 2010, avançou em várias propostas concretas para o setor. Uma das idéias que ganhou corpo foi o projeto de emenda constitucional – de minha autoria – fixando o piso nacional de salários para policiais militares, civis e corpo de bombeiros.
A importância da proposta foi reconhecida pelo Senado que, em tempo recorde, aprovou a emenda por ampla maioria. O debate agora está na Câmara dos Deputados, mas vai ganhar novo fôlego com as operações do Rio de Janeiro. Aumentar a remuneração destes heróis nacionais é uma questão de justiça social e não deve ser encarado com um mero número no balancete das contas governamentais.
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