Dentro de um ambiente econômico intranquilizante, o
Brasil está fazendo seu dever de casa a fim de manter o
nível da atividade econômica. O governo brasileiro reduziu
os juros, reformulou a poupança e adotou novas
desonerações tributárias com o objetivo de estimular o
mercado interno, como foi feito na crise no biênio de 2008
e 2009.
Um bom indicativo de que a economia brasileira está
conseguindo manter sua vitalidade – e este é o sinal mais
confortável e o que mais interessa aos brasileiros – está
na taxa de desemprego no Brasil. A mais recente pesquisa
sobre emprego, divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística mostra que o desemprego voltou a
cair.
A taxa de desemprego apurada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística do País ficou em
6,0% em abril, contra os 6,2% em março. Desta maneira,
permanecemos dentro do que os economista denominam
de pleno emprego.
A medição do IBGE, feita nas seis principais regiões
metropolitanas do país, apontou que contingente de
desempregados no Brasil foi estimado em 1,5 milhão
de pessoas no total das seis regiões pesquisadas. Já a
população ocupada cresceu 0,3% em abril na comparação
com março deste ano e aumentou 1,8% comparando-se
com o mesmo período do ano anterior.
A queda no desemprego é de 2,5% sobre março e a
redução, tomando-se o mês de abril do ano passado, foi de
4,9%. Os desocupados incluem temporários dispensados e
desempregados em busca de uma chance no mercado. Este
é o menor nível para o mês de abril desde 2002.
A melhor notícia, entretanto, está na expansão dos salários.
Muito embora tenha havido uma redução de 1,2%
tomando abril e março deste ano, a renda, numa análise
de longo prazo – apresentou uma expansão de 6,2% sobre
abril de 2011, atingindo R$ 1.719 reais. Ou seja, em plena
crise os empregos estão garantidos e os salários estão em
expansão.
O fortalecimento da renda e do emprego tem sido
uma das principais ferramentas do governo para evitar uma
desaceleração da economia brasileira. São instrumentos
que se revelaram eficazes na última crise mundial. Eles
serão novamente úteis. O mercado interno salvou o Brasil
na crise de 2008/2009 e é o caminho mais seguro para
evitarmos sobressaltos maiores na atual crise mundial.
As medidas recentes são importantes, mas pontuais.
Elas, por serem conjunturais, não substituem as grandes
reformas estruturais que o Brasil precisa empreender,
principalmente a reforma tributária, implicando em redução
de custos e produtividade mais eficiente. Estes são os
sinais que cessariam a hesitação do mercado mundial
quanto as potencialidades do Brasil.