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REDUZINDO DIFERENÇAS

O Senado Federal entregou na última semana a primeira Comenda Dorina Gouveia Nowill a seis agraciadas. Dorina ficou cega na sua juventude e durante mais de nove décadas, deu luz aos seus anseios de que a deficiência visual não fosse empecilho de crescimento intelectual e desenvolvimento pessoal, nem para ela, nem para qualquer outro brasileiro.

Para que esse sonho se tornasse realidade não havia e não há como prescindir dos livros. Na ausência, então, de publicações especializadas para cegos, a impressão de livros em Braille se tornou uma de suas bandeiras de luta. Em 1946 ela criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, instituição esta que hoje tem o seu nome.
O Senado Federal, cada vez mais, tem lançado seus olhos para segmentos da sociedade que se encontravam em desvantagem. Acessibilidade é um tema que há muito tempo nos sensibiliza.
No cargo de ministro da Justiça, tive a iniciativa de elaborar um projeto que resultou na Lei 10.098, estabelecendo normas e critérios para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Na Presidência do Senado criamos a política permanente de Acessibilidade que já providenciou intervenções em vários setores da Casa. Entre elas a demarcação de vaga para deficientes na chapelaria, no espaço cedido pela Presidência, e a sinalização em braile nas dependências do edifício-sede.
Também foram criados os postos para cadeirantes no plenário, a instalação de microfones acessíveis nas comissões, a adaptação de portas acessíveis no Plenário e comissões, a retirada de cadeira fixa das primeiras filas das bancadas do Plenário e comissões para acomodar cadeirantes e a instalação da rampa de acessibilidade entre o Plenário e a Mesa Diretora.
Este tipo de homenagem, como a Comenda Dorina Nowill, é sempre um momento de reflexão, para todos nós. Se algo já foi feito, as instituições públicas têm ainda o dever buscar melhores caminhos e soluções de vida para todos os brasileiros, deficientes ou não.

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