Os menores juros da história

Não são poucas e nem recentes as queixas dos brasileiros sobre AA taxa de juros no país, especialmente o setor produtivo. A preocupação com o tema é antiga e tão recorrente que até a Constituição de 1988, exageradamente, estipulou um inócuo teto de 12% ao ano para os juros. Mas taxa de juros obedecem às leis de mercado e não normas legislativas. Por isso só agora, com a economia em expansão, nossa realidade vai se invertendo e o Brasil caminha, progressivamente, para ter juros de primeiro mundo.

Segundo as informações do Banco Central, os juros cobrados pelos bancos das pessoas físicas caíram de 44,1% para 43,6% ao ano. De acordo com o BC é o menor valor desde o início da série disponibilizada pela instituição, em julho de 1994. Na avaliação dos especialistas, três fatores estão sendo determinantes para que isso ocorra: a superação da crise, a ampliação da atividade econômica e o crescimento do crédito consignado. O BC revelou ainda que os juros pelos bancos em operações com as empresas também caíram em setembro para 26,3% ao ano, contra a taxa de 26,4% registrada em agosto.

A forte recuperação da economia, o incremento da produção e queda dos juros, aumenta também o otimismo do mercado, que já projeta um crescimento de, pelo menos 2% no terceiro trimestre de 2009. A projeção é superior as estimativas anteriores, que apostava para uma alta entre 1% e 1,5%. Com um crescimento positivo já em 2009, as apostas indicam para uma evolução de até 5,5% do Produto Interno Bruto em 2010.


Semana após semana os indicadores econômicos reforçam a virada da economia brasileira. Agora em setembro, a produção da indústria nacional registrou o nono mês consecutivo de alta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com agosto, a alta foi de 0,8%. Segundo o IBGE, a indústria acumula ganho de 14,6% desde janeiro. Na passagem de agosto para setembro, os destaques de alta vieram de máquinas e equipamentos e veículos automotores, que cresceram, respectivamente, 5,8% e 3,5%. Dos 27 ramos pesquisados, 17 apresentaram alta.

Não há dúvidas de que os resultados de hoje refletem os acertos do governo Lula diante da crise. Além do crescimento da massa salarial e do Bolsa-Família, as desonerações para a indústria manter a atividade foram fundamentais. Entre elas a redução de IPI  para chamada linha branca. Com a superação da crise, o estímulo do governo à produção de geladeiras e fogões e máquinas de lavar vai prosseguir. Só que agora, ao invés da crise, terão direito aos descontos tributários as empresas que aumentarem o emprego e diminuírem a poluição.

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