OS DESAFIOS DA ECONOMIA BRASILEIRA

Estimulada por um crescimento de 7,5% do PIB em 2010, a economia brasileira está numa encruzilhada.    A economia resiste em desacelar mesmo após as medidas de cortes orçamentários e aumento na taxa dos juros e redução do crediário. Diversos segmentos estão contornando os freios anunciados e continuam  em  expansão. É o caso do varejo. Velhas armas, como promoções e liquidações, estão conseguindo fazer face ao aperto no crédito, que agora têm prazos menores e juros maiores.


O êxito desta estratégia pode ser sentida mais nitidamente no setor de supermercados. As vendas reais cresceram 2,77% em fevereiro de 2011, na comparação com o mesmo período de 2010, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado dos dois primeiros meses de 2011, as vendas aumentaram 3,24% em relação ao mesmo período do ano passado.
No setor automotivo as vendas em fevereiro somaram 259 mil unidades. Um recorde para o mês e acima do total verificado em janeiro deste ano e no mesmo período de 2010. O licenciamento de carros no período foi 12,5% maior do que o registrado em janeiro e 22,5% acima do verificado um ano antes. Ou seja, o setor ainda não sentiu as medidas de restrição ao crédito lançadas no final de 2010.
De acordo com dados do Banco Central, em dezembro a média de concessões de crédito para pessoas físicas estava em 600 operações. Este volume caiu para 590 operações diárias em média em janeiro, e segundo projeções da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), esse patamar deve voltar a crescer, atingindo 633 operações diárias em média em fevereiro.
O mercado de trabalho segue em expansão e a migração social, o fortalecimento da classe média, os reajustes salariais acima da inflação em 89% das categorias profissionais e o real valorizado são os principais fatores que contribuem para que o consumo continue aquecido no País.

O setor industrial é um dos únicos segmentos que vive um cenário mais realista, com os efeitos do câmbio penalizando alguns setores, como o de máquinas e equipamentos e o setor têxtil, entre outros, que sofrem com a competição dos importados. Isso porque desde a crise financeira, o mercado interno tem sido o grande impulsionador do setor industrial.
Se o ritmo da economia não diminuir de acordo com a expectativa das autoridades monetárias é inevitável que sejam adotadas novas medidas. É o tamanho dos ajustes que a Presidente Dilma Rousseff e a equipe econômica precisam calibrar com precisão. Apertos em demasia podem frear excessivamente a economia. De outro lado o Brasil não deve ficar apenas observando.  O risco é de trazermos de volta a inflação descontrolada. Isso não interessa à ninguém. 

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