MONITORES DA ECONOMIA NACIONAL

Na última semana o Fundo Monetário Internacional – FMI – emitiu um alerta para imperiosa sintonia entre a oferta de crédito e a economia interna. O instituto referia-se a expansão do crédito E a redução da taxa de juros sem o alongamento dos prazos dos mesmos créditos. O Fundo avalia que bolhas no setor imobiliário e o endividamento das famílias são dois fatores a serem monitorados de perto.

No documento, denominado Avaliação da Estabilidade do Sistema Financeiro, o FMI chama a atenção para os riscos externos ao setor gerados pela volatilidade do mercado de capitais e pelos preços das commodities. Isso porque a expansão do crédito sustentou o crescimento da economia interna e o aumento da inclusão financeira.
Neste momento, alerta o Fundo Monetário, é hora de cautela com a expansão do crédito, ainda que o total de empréstimos em relação do Produto Interno Bruto (PIB)  seja baixo. A situação não representa risco para os grandes bancos, mas pode gerar intranquilidade para instituições de pequeno porte. 
No mesmo documento, o FMI reforçou o entendimento em favor da redução da taxa de juros, hoje em 8,0% ao ano. Entretanto o Fundo alertou as autoridades para o fato de a queda gradual romper o equilíbrio existente no sistema financeiro de juros altos e crédito de curto prazo. Seria necessário, recomenda o Fundo, cuidados para acomodar a economia e o setor financeiro em um ambiente de juros baixos e crédito de longo prazo.
O mesmo FMI entende que, neste cenário, seria necessária uma mudança de foco por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Há uma recomendação para o BNDES concentrar-se mais na concessão de crédito de longo prazo – em especial, para empresas sem capacidade de captar recursos no setor privado – e no financiamento de projetos de infraestrutura. 
Em um segundo estudo igualmente importante sobre o Brasil, o Fundo Monetário considerou nosso sistema financeiro “amplo, concentrado e altamente conectado”. Ele é formado por 1.475 instituições de depósitos cujos ativos, somados, superam 100% do PIB do País. A capitalização é superior ao mínimo recomendado. 
Radiografias como esta são sempre úteis aos países, especialmente diante de crises econômicas tão persistentes como a atual. É bem verdade que a expansão do crédito ajudou o Brasil a ultrapassar a crise de 2008/2009, quando elevou o consumo interno em 20%. Por isso, neste momento, é necessária uma atenção redobrada em relação aos empréstimos.
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