DESCOMPASSO DIGITAL

O resultado do primeiro levantamento mundial feito pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE – sobre acesso aos computadores e à internet traz um dado intranquilizante para o Brasil. 
Segundo o estudo, divulgado em Genebra, na Suíça, metade dos estudantes brasileiros está desconectado e o País soma uma década de atraso em comparação aos alunos de escolas de países ricos no que se refere ao acesso à computadores e Internet.
Igualmente preocupante é o fato das escolas brasileiras estarem entre as piores em termos de acesso de seus alunos à informática. Carência que pode  comprometer a formação de milhares de jovens, os chamados excluídos digitais.

As escolas brasileiras não estão equipadas e o País é o último numa lista de sistemas de ensino avaliados quando o assunto é o número de computadores em escolas por alunos. O Brasil é ainda um dos países mais desiguais em termos de acesso aos computadores e a disparidade continua aumentando.
A média brasileira não é nada animadora: 53% dos estudantes brasileiros têm computadores em casa. Há dez anos, essa taxa era de apenas 23%. Apesar do avanço, os números são ainda muito inferiores à média dos países ricos. Na Europa, Estados Unidos e Japão, em média, mais de 90% dos estudantes tem um computador em casa.
A taxa de 50% que o Brasil ostenta hoje é equivalente ao que a média da Europa tinha no ano 2000. Daí, portanto, o atraso de dez anos. O estudo revela que a média brasileira encobre uma profunda desigualdade no acesso à informática. Entre a camada mais rica dos estudantes, 86% deles tem computador e Internet em casa. A taxa é equivalente aos estudantes dos países ricos.
Já entre os estudantes com menos recursos, apenas 15% tem a ferramenta no Brasil. A proporção é bem melhor que o cenário do ano 2000. Naquele ano, apenas 1 a cada 100 estudantes pobres tinha acesso ao computador. Agora, são 15 alunos para cada 100 com acesso. 
É papel do poder público compensar essa disparidade social, fornecendo o acesso aos computadores nas escolas.  Isso porque muitas famílias não têm renda para ter um computador em casa.  As políticas públicas devem compensar o desequilíbrio e dar este acesso nas escolas ou em locais públicos. Hoje, nas escolas brasileiras, existe  apenas um computador para cada cinco alunos. Nos países ricos, as escolas disponibilizam um computador para cada dois alunos. 
O aprendizado do uso de computadores e o acesso à rede universal são fundamentais para o futuro dos nossos jovens. Estudos revelam que as pessoas com conhecimentos de informática tem 25% a mais de chance de encontrar um trabalho. Portanto, preparar os alunos para o futuro é fundamental. 
O Plano Nacional de Banda Larga, anunciado pelo governo, é um importante passo para iniciarmos a correção desta assimetria. Mais do que plantas de fibra ótica integrando todo o país, este plano, que enfim saiu do papel, vai propiciar a inclusão de milhões de estudantes brasileiros.
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