Um dos indicadores mais confiáveis para diagnosticar a saúde financeira de um País está no acesso ao crédito, especialmente para aqueles financiamentos de longo prazo, como os empréstimos contraídos para aquisição da casa própria. Neste campo, a Caixa Econômica Federal, acaba de anunciar outro número muito positivo para o Brasil e que já era esperado.
O primeiro semestre de 2010 apresentou um volume recorde de R$ 34,1 bilhões em crédito imobiliário, em mais de 570 mil contratos.
Este volume representa um crescimento em valor de 95% comparado com o mesmo período de 2009, segundo as informações da CEF. O montante liberado só no primeiro semestre de 2010 superou o valor de todo o ano de 2008, quando foram emprestados 23 bilhões..
Outro dado muito relevante se refere ao fato de que R$ 16,4 bilhões foram destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida. Ou seja, quase 50% dos financiamentos se destinaram a pessoas que estão adquirindo o primeiro imóvel e estão entre as pessoas mais humildes da população. Com isso a meta de 400 mil unidades em 2010 para pessoas com renda até 3 salários-mínimos será alcançada com folga.
A estimativa da própria CEF que até o final deste ano serão aplicados em crédito imobiliário mais de R$ 60 bilhões. O desempenho das carteiras imobiliárias não surpreende porque vários bancos privados reforçaram este setor na virada do ano e hoje o setor passa por um ‘boom’ compatível com a espiral de desenvolvimento econômico e o processo de inclusão social do país.
Este é, sem dúvida, o melhor momento da história recente da economia brasileira para nossos cidadãos realizarem o tão esperado sonho da casa própria. A expansão do setor imobiliário tem reflexos em toda a cadeia produtiva. Hoje o setor da construção civil é um dos principais empregadores do País e vem colaborando decisivamente para o crescimento do emprego no Brasil.
Depois dos programas socias, do aumento no número de empregos, do crescimento da massa salarial, dos ganhos reais do salário-mínimo, do aumento dos aposentados acima da inflação e tantas outras conquistas, o Brasil começou a resgatar esta outra dívida social: o sonho da casa própria.
Os alagoanos vitimados pela tragédia das cheias não podem ficar fora deste sonho coletivo. Por isso fiz um apelo ao Presidente Lula, em nome das vítimas das enchentes em Alagoas e Pernambuco. Um apelo para que o governo reconstrua as casas destruídas e danificadas sem cobrar a contrapartida financeira dos alagoanos e pernambucanos. É uma questão de justiça social.
Publicado em 1º/08/10
