Os primeiros passos para que o Congresso volte a sua rotina de votações e discussões também já foi dado através da eleição das mesas diretoras e da escolha dos novos líderes partidários, aqueles que vocalizam o pensamento majoritário de seus partidos nas votações e debates do Congresso.
Novamente tive a honra de contar com a confiança da unanimidade dos senadores presentes à reunião do PMDB – a maior bancada do Senado com 20 integrantes – e fui reconduzido para liderar o partido no próximo biênio. O mesmo período no qual o presidente do Senado, José Sarney, também do PMDB, conduzirá as sessões e decisões do Senado Federal.
Liderar a maior bancada do Senado Federal exige ponderação e equilíbrio já que vivenciamos um raro momento de unidade interna no partido. Afinal o PMDB é um dos únicos partidos que vem apresentando crescimento contínuo nas eleições brasileiras. Meu comportamento não poderá ser outro que não expressar a vontade da maioria da bancada nas votações que estão por vir.
Defendi junto à bancada que o PMDB – independente do governo federal – elabore uma agenda legislativa institucional que possibilite a reconciliação do parlamento com a sociedade. Alguns temas são inevitáveis nesta agenda legislativa: Reforma política, tributária, desoneração da folha de pagamentos e todas iniciativas que visem descomplicar e desburocratizar o estado brasileiro.
Em discussão há mais de uma década, o Brasil precisa urgentemente de uma reforma política que seja digna deste nome. Já fizemos alterações pontuais para neutralizar o peso do poder econômico em uma mini-reforma, mas é imperioso avançar muito mais para acabar com a promiscuidade que contamina as campanhas eleitorais.
O Senado Federal já aprovou uma reforma política que, infelizmente, não prosperou na Câmara dos Deputados. Os princípios deste projeto continuam sendo cobrados pela sociedade, entre eles o financimento público e exclusivo de campanhas eleitorais. A reforma tributária precisa, igualmente, evoluir. O Brasil, rumo ao primeiro mundo, está mudando o perfil de sua economia e precisamos rediscutir o peso de todos os tributos.
No que depender do PMDB tudo será feito para que o Brasil mantenha-se no curso atual de prosperidade, crescimento econômico, distribuição de renda, aumento dos salários e maior oferta de empregos formais. Nada que represente um freio na economia ou um retrocesso das conquistas sócio-econômicas terá o aval do partido. Afinal foi para isso que a sociedade fez do PMDB o maior partido do Congresso Nacional.