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ALÉM DO AJUSTE

O Brasil tem diante de si um enorme desafio que implica em superar uma crise econômica sem afetar as conquistas obtidas pela sociedade nos últimos anos.

É hora de unir esforços para aprimorar e modernizar o ambiente de negócios do país, preservar os empregos e os salários. É preciso humildade, coragem e persistência para fazermos face ao desafio que temos diante de nós.
O problema é complexo e não será resolvido como resultado de uma única equação ou com visões simplistas. O Congresso Nacional, também eleito pela sociedade, está pronto para fazer sua parte. Não há como o Parlamento abrir mão de aprimorar o ajuste fiscal proposto pelo Executivo.
O ajuste como está, disse esta semana na Confederação Nacional da Indústria – CNI, tende a não ser aceito pelo Congresso porque é recusado pelo conjunto da sociedade e o Legislativo é a caixa de ressonância da população.
O padrão a ser observado em todo ajuste que é o que fizemos na medida que corrigiu a tabela e baixou as alíquotas do imposto de renda. O caminho único é a negociação.
O ajuste é necessário, todos sabem, mas ele não pode ser um fim em si mesmo. Precisa ser a premissa de um plano econômico mais amplo que indique a retomada do crescimento e do desenvolvimento.
Há outros caminhos. Está na hora de diminuir o tamanho do Estado. Nada mais justo que, em tempos de sacrifícios para a sociedade, o governo dê o exemplo. Quanto mais alto é o exemplo mais pedagógico ele será.
Aplaudimos recentemente o programa “Mais Médicos”. Agora é a hora do programa “Menos Ministérios”, menos cargos comissionados, menos desperdício e menos aparelhamento, mal que devemos aproveitar a oportunidade para atalhar.
A lógica de aumentar a receita através de mais impostos, tributos, serviços públicos e combustíveis precisa ser substituída pelo corte de custos do Estado Brasileiro, inclusive com a revisão de todos os contratos, que depende da vontade de fazer e de ações diárias e concretas.

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