A VIOLÊNCIA VOLTA ÀS ESTRADAS

Entre os dias 1º e 4 de abril, feriado de páscoa, 114 pessoas perderam a vida em acidentes ocorridos nas rodovias federais brasileiras, segundo balanço divulgado  pela Polícia Rodoviária Federal. O número de mortos impressiona negativamente. Ele é 34% maior do que o registrado durante a Páscoa de 2009, quando 85 pessoas morreram.

A quantidade de acidentes e o número de feridos também aumentaram comparando-se com o ano passado. Neste ano, foram 2.355 acidentes, contra 1.873 em 2009, um crescimento de 26%. Já o número de feridos passou de 1.144 para 1.431, o que representa um aumento de 25% em apenas um ano.
As estatísticas preocupam muito porque, além de crescentes, são reincidentes. O aumento no número de mortes (+13%), de feridos (+7%) e de acidentes (+13%) já havia sido verificado no feriado prolongado do carnaval. Os governos – federal e estaduais – precisam se debruçar sobre estes números e tomar provid ê ncias enérgicas, sobretudo na fiscalização.

Há 12 anos o Congresso Nacional produziu uma das mais modernas leis de trânsito. O Código Brasileiro de Trânsito, que trouxe conceitos inovadores, punições mais severas, nasceu exatamente do inconformismo da sociedade diante do trânsito mais violento do planeta. Ostentávamos, então, o triste título de campeões mundias de acidentes.
À frente do Ministério da Justiça fiz um esforço nacional, envolvendo todos os entes  da federação, para regulamentar o Código de Trânsito. Os resultados foram muito positivos. No primeiro ano todas as estatísticas cairam abruptamente. Foram poupadas 6 mil vidas, menos 25% de óbitos no ano anterior. Os acidentes foram reduzidos em 73 mil (-22%) e o número de feridos diminuiu em 83 mil (-26%).
Outros fatores foram decisivos. Nós aumentamos os salários da Polícia Rodoviária Federal e reequipamos sua frota de carros e de helicópteros para melhorar a fiscalização. De lá para cá o Brasil cresceu e a expansão da economia jogou mais 5 milhões de veículos nas ruas e estradas brasileiras. O efetivo da Polícia Rodoviária Federal continuou o mesmo.
A mesma quantidade de policiais que fiscalizava 54 milhões de veículos agora é responsável por 59 milhões. Não há dúvida que a fiscalização precisa ser  reforçada, sob o risco de voltarmos à barbárie no trânsito de uma década atrás. Mas precisamos, também, avançar e implantar imediatamente o ensino de trânsito nas escolas brasileiras.

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