
O ministro Guido Mantega, da Fazenda, prestou longo depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos CAE) do Senado Federal durante a manhã/tarde da terça feira, 03. Durante mais de quatro horas ele falou, apresentou a visão do governo sobre os principais pontos de sua área de atuação e respondeu dezenas de questionamentos de parlamentares de todos os partidos políticos.
A palavra do ministro Mantega foi no intuito de trazer tranquilidade ao mercado, aos agentes financeiros e aos operadores cambiais. Na hora de sua intervenção, o senador Renan Calheiros fez questão de parabenizar o ministro por “sua exposição didática, que certamente trarão tranqüilidade ao País sobre os rumos de nossa Economia”. Renan fez questão de demonstrar ao ministro Mantega que a sociedade brasileira está apreensiva com o repique inflacionário que vem corroendo as economias, principalmente das camadas mais desassistidas da população.
Mas, reconheceu o líder, “sua presença pública, transmitida ao vivo, empresta segurança aos brasileiros que estão satisfeitos com o crescimento positivo da economia nacional, o aumento dos níveis de emprego e com a distribuição da renda”.
Renan entende que o governo dispõe de instrumentos eficazes para controlar a inflação. O líder do PMDB reafirmou ao ministro o seu entendimento de que a elevação da taxa Selic, o aumento dos compulsórios e os aumentos de IOF vão surtir os efeitos desejados, em breve, sem que isto afete os indispensáveis investimentos para a dinamização da economia brasileira.
– É preciso – enfatizou Renan ao ministro – perseverar com o combate inflacionário desde que não puxe o freio de mão da nossa economia, e que não trave o crescimento. Tenho certeza de que o senhor e a presidente da República saberão fazer a dosagem certa para conter a inflação e não afetar o crescimento – espera o senador.
A participação de Renan na sabatina do ministro da Fazenda encerrou com a declaração que “temos bons problemas” para resolver. Q o excesso de capital é melhor de administrar o que a carência de capital. Que a falta de mão de obra qualificada, igualmente, é melhor do que a falta de emprego. E, por fim, garantiu Renan, “o aquecimento de demanda é melhor que não ter demanda”.