Assessoria
Relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros, avaliou o depoimento do diretor-presidente da ANVISA Antônio Barra Torres, nesta terça-feira (11), como muito relevante para o andamento dos trabalhos da Comissão.
“O presidente da ANVISA teve humildade para assumir erros, indicar os caminhos da ciência e confirmar as principais linhas de investigação da CPI: havia um ministério da Saúde paralelo. Ele confirmou a reunião para fraudar a bula da Cloroquina, além de enumerar os participantes do chamado ministério paralelo de aconselhamento”, disse.
O depoimento durou mais de 8 horas, e rendeu ainda perguntas sobre insumos, liberação de vacinas e posicionamentos do Governo Federal. Na avaliação dos integrantes da CPI, o depoente demonstrou seu empenho na vacinação, na condenação do uso de medicamentos ineficazes e a constatação óbvia que as declarações preconceituosas interferem na regularidade do fornecimento dos insumos para vacinas.
Um ponto destacado por Renan foi o sincero arrependimento de comportamentos reprováveis na pandemia, como aglomeração e não usar máscaras. “Foi um depoimento altivo, de um militar, médico, que prioriza a ciência e não a subordinação ou subserviência, como verificamos em outras autoridades da saúde”, completou
DEPOIMENTOS
Amanhã (12) é esperado o depoimento do ex-secretário de comunicação da presidência, Fábio Wajngarten, e, na quinta (13), o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo.
Na última semana, prestaram esclarecimentos à Comissão o ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e o atual líder da pasta, Marcelo Queiroga.
