Um dos assuntos mais discutidos no Senado Federal, nos últimos dias, foi o da divulgação do Mapa da Violência no Brasil, uma radiografia da violência no País, encomendada pelo Ministério da Justiça. O senador faz questão de repetir que grande parte de sua atuação parlamentar – tanto no Congresso Nacional como no Ministério da Justiça – foi dedicada às causas da crescente violência que acomete os brasileiros. Renan lembra de sua participação decisiva na questão do desarmamento e a indenização para devolução de armas, inclusive as ilegais. – Estudos e pesquisas comprovam que o crime em sua grande maioria, é praticado com uma arma que, um dia, foi legal mas acabou nas mãos dos bandidos – diz Renan.
E continua: “a banalização do uso de armas está matando o futuro do Brasil; as maiores vítimas continuam sendo, infelizmente, jovens de 15 a 24 anos”. A preocupação do senador, ao ler os número expressivos do Mapa da Violência, é que o aumento dos homicídios no Brasil, nas últimas décadas, vitimou principalmente os jovens. E é na região Nordeste que os números alcançam níveis explosivos. Para o líder do PMDB no Senado, o estarrecedor é que “os números da pobreza diminuíram na região e os homicídios aumentaram 65%, os suicídios, 80% e os acidentes de trânsito, 37%”. – Esta realidade – segue Renan – infelizmente para mim, como alagoano, é trágica. Afinal, em uma década, Alagoas passou de 13ª posição para 1º lugar no ranking da violência: foram 60,3 óbitos por grupo de 100 mil habitantes – lastimou. Renan não esconde suas preocupações: “manchetes como esta prejudicam todos os alagoanos e não queremos mais este título vergonhoso”. O senador reconhece que outros estados estão melhorando os seus índices e defende que Alagoas deve seguir o exemplo e enfrentar o crime de maneira enérgica e desassombrada. Renan afirma que o Congresso tem “modernizando a legislação, vem agravando penas, restringindo direitos dos presos e recentemente aprovou a reforma do Código Penal”. Renan conclui suas observações propondo uma necessária interação entre o governo federal e os executivos estaduais para poder enfrentar este desafio: “precisamos, urgentemente, rediscutir a segurança pública no País, em busca da definição dos recursos que irão financiar a compra de viaturas, a construção de novas cadeias, a contratação de mais policiais e todos os demais investimentos que o setor está reclamando há muito tempo”.