O Senado Federal fez sessão solene para homenagear o centenário de nascimento de uma das maiores escritoras do País, a cearense Rachel de Queiroz.
Leitor de Rachel, Renan destaca a participação da mulher, em inícios do século passado, “num mundo preponderantemente dominado pelo universo masculino”.
Renan também cita manifestações do seu conterrâneo Graciliano Ramos, surpreso com a leitura da primeira obra de Rachel de Queiroz, o romance social “O Quinze”, quando a escritora tinha tão somente 20 anos. O senador repetiu as palavras do alagoano Graciliano: “o livro causa assombro, não somente por ser livro de mulher, mas por tratar-se de “mulher nova”… O líder do PMDB também relembrou da intensa atividade política de Rachel, desenvolvida principalmente nos estados do Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro. Renan também não esqueceu que a escritora residiu em Maceió onde, inclusive, perdeu sua única filha – Clotilde – quando tinha apenas 18 meses de vida. Rachel de Queiroz, além de jornalista, ainda publicou “Caminho das Pedras”, “As Três Marias”, “Brandão entre o Mar e o Amor”, “O Galo de Ouro”, “Dôra, Doralina” e o “Memorial de Maria Moura”, que redundou um série exibida pela televisão. Culminando com sua vida literária, Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras, em 1977, numa das mais concorridas posses na ABL em todos os tempos. Renan conclui seu raciocínio, desejando um “Feliz centenário, Rachel de Queiroz; que seu exemplo viva, para sempre, frutificando entre nós!”