
Uma pesquisa realizada, entre 2008 e 2010, agora divulgada, revelou que os brasileiros com diabetes estão controlando menos a doença. O estudo coordenado pela endocrinologista Marília de Brito Gomes indica que a falta de cuidados é o principal agravante para o avanço da doença no país. Com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz, da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, a médica concluiu que apenas 15% dos diabéticos controlam o nível de glicose no sangue. O estudo entrevistou quase quatro mil pacientes de 28 cidades do país, em cinco regiões.
Preocupado com o cenário revelado pela pesquisa, o senador Renan Calheiros voltou a defender a criação de campanhas de esclarecimento e a importância dos tratamentos de combate ao diabetes. Renan lamentou ainda que poucos entrevistados pelo estudo realizaram exames para doença cardiovascular, responsável por quase metade dos índices de mortalidade no Brasil.
No Congresso, Renan tem defendido propostas que beneficiam os diabéticos. Ele apresentou quatro projetos de lei que tratam do assunto. Uma das propostas obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a realizar campanhas educativas sobre a doença. O projeto foi elogiado e ganhou o prêmio de mérito legislativo 2009, do Instituto de Estudos Legislativos Brasileiros. Outra proposta de Renan ganhou apoio do governo federal. O projeto que sugeria a distribuição gratuita dos medicamentos contra diabetes foi incluído no Programa Farmácia Popular, lançado este ano pelo governo federal. O parlamentar lembrou que o número de hipertensos no Brasil é de aproximadamente 600 mil, sendo mais de 300 mil diabéticos. Segundo Renan, 34% das mortes no Brasil ocorrem por conta das duas doenças.
– O alcance sócio-econômico da iniciativa é incalculável e, certamente, este elevado percentual de óbitos irá diminuir sensivelmente em virtude do novo programa do governo para assistir diabéticos e hipertensos. Os custos para tratar da doença são elevados e justificam este e outros benefícios que ainda tramitam no Congresso Nacional, avaliou.
Renan também é autor de proposta que permite aos doentes sacarem os saldos das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); inclui o diabetes entre as doenças que dão direito à inexigibilidade de prazos de carência para a concessão de auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez; e concede também passe livre aos portadores do diabetes. Outra proposta de autoria do senador também prevê a isenção do Imposto de Renda sobre os proventos de aposentadoria e reforma de portadores do diabetes melito e fibrose cística.
– Vou continuar lutando no Congresso para vê-los aprovados o mais breve possível. Estou certo de que o Congresso tem sensibilidade e pendor para as causas sociais, reforçou.