Com a presença dos familiares, autoridades, ministros de tribunais, deputados e populares, a sessão foi marcada pelas homenagens e pelas emoções. Em nome da família, falou o ex-senador Guilherme Palmeira, ministro do Tribunal de Contas da União.Em seu pronunciamento, Renan destacou o fato de Rui Palmeira ter dedicado toda sua vida ao ideal da democracia, através da Aliança Libertadora Nacional e, posteriormente, da UDN (União Democrática Nacional): ” a Aliança Libertadora Nacional, da qual Rui Palmeira foi um dos líderes mais representativos era um movimento de caráter nacional que chegou a congregar milhares de militantes por todo o Brasil e tinha um enorme prestígio popular” – afirmou o líder do PMDB. Renan destacou o crescimento da liderança de Rui Palmeira, durante a 2ª Guerra Mundial, quando o político alagoano orienta a UDN para a aliança com os segmentos democráticos e populares. Nesse período – diz Renan – “a UDN, sob a liderança e forte convencimento intelectual e político de Rui Palmeira, junta-se aos deputados constituintes mais progressistas da Assembleia Legislativa de Alagoas. Um dos tópicos mais importantes do pronunciamento de Renan foi quando citou o fato acontecido durante o regime militar brasileiro quando, mesmo doente e debilitado, Rui Palmeira enviou telegrama ao presidente Costa e Silva, manifestando sua posição contrária ao Ato Institucional nº 5, demonstrando mais esse ato de ousadia e destemor. Por fim, Renan afirma que “Rui Palmeira continua atual e contemporâneo”. E finaliza: “Deixou para os filhos e parentes o legado do compromisso com a democracia, com a justiça social e com o Brasil desenvolvido, solidário, justo, igualitário e menos desigual”.