“Essa conquista nasceu de um apelo que fizemos ao senador Renan, quando ele apresentou projeto beneficiando os portadores de diabetes com a isenção de imposto de renda, para que fosse apresentada uma proposta, também, que favorecesse os diabéticos de menor poder aquisitivo com a distribuição de remédio. Fomos prontamente atendidos pelo senador”, conta o presidente da AAAHD.
Renan é autor de quatro projetos que beneficiam os diabéticos: o 1º prevê isenção do imposto de renda para portadores da doença aposentados e reformados, o 2º pede a distribuição de aparelhos para medir glicemia, o 3º dá liberdade ao diabético para movimentar o FGTS, o PIS e o PASEP – este já aprovado no Senado, dependendo agora da Câmara – e o 4º pede a distribuição gratuita de medicamentos.
Logo que a presidente Dilma assumiu, Renan esteve com ela e expôs a importância de seus projetos para amenizar o drama vivido pelos diabéticos. Dois meses depois foi convidado para participar no Palácio do Planalto do programa Saúde não tem preço, no qual um de seus projetos – o da distribuição gratuita de medicamento – tinha sido incorporado como programa de governo, beneficiando, também, os hipertensos.
“Enviamos mensagem ao senador Renan agradecendo o benefício que, por seu intermédio, o governo da presidente
O presidente da AAAHD destaca que a realidade dos portadores dessas patologias sofreu uma mudança considerável desde a implantação do programa. Para ele, essa iniciativa do governo trouxe economia ao Sistema Único de Saúde (SUS). “O alto custo dos remédios desestimulava a continuidade do tratamento de muitos diabéticos e hipertensos, o que gerava mais internamentos e menos chances de sobrevivência”, observou.
Os números
De acordo com o último balanço feito pelo Ministério da Saúde, existem mais de 20 mil farmácias credenciadas ao programa “Aqui tem farmácia popular” em todo o Brasil, que são responsáveis pela distribuição de medicamento sem protocolo para todos os portadores de hipertensão e diabetes. A única exigência é a prescrição médica. Em Alagoas, são mais de 50 farmácias que distribuem o medicamento.
Ainda de acordo com as estatísticas do Ministério da Saúde, desde o lançamento do programa Saúde não tem preço, o número de atendimentos a pacientes diabéticos e hipertensos quadruplicou. E confirmando a informação do presidente da AAAHD, em 2011 o SUS registrou 11 mil internações a menos por hipertensão e diabetes.
No Brasil, existem cerca de 33 milhões de pessoas com hipertensão arterial. Destes, 80% – aproximadamente 22,6 milhões de hipertensos – são atendidos na rede pública de saúde. Entre os 7,5 milhões de diabéticos diagnosticados no País, seis milhões (80% do total) recebem assistência no SUS. O programa Saúde não tem preço beneficia cerca de 1,3 milhão de brasileiros por mês. Destes, aproximadamente 660 mil são hipertensos e 300 mil, diabéticos.