O Líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, detalhou os pleitos encaminhados pela bancada do partido aos Ministros da Agricultura e das Minas e energia. Entre as medidas, está uma redução no preço do óleo diesel, uma investigação no cartel de fertilizantes e um marco regulatório do setor mineral, para abrir a concorrência e diminuir os custos da agricultura.
“Os produtores agrícolas estão diante de um ambiente de muitas incertezas em função da crise internacional, que provocou aumentos dos custos e queda nos preços de venda dos produtos”, destacou o senador.
Renan explicou que a alta vertiginosa dos fertilizantes, transportes e da energia provocou um aumento dos custos agrícolas que são, hoje, o maior motivo de preocupação da área.
“Não podemos permitir que a agricultura, por seu papel estratégico na economia, na balança comercial, entre em crise novamente”, afirmou.
O Líder do PMDB lembrou que o valor do barril do petróleo chegou a alcançar os U$ 150 dólares, mas despencou para algo em torno de R$ 40 dólares. “Seria natural e desejável, neste momento, que houvesse uma redução no preços dos combustíveis para acompanhar a oscilação dos preços do petróleo”, disse.
Outro assunto discutido foi o papel da Petrobras na produção de insumos. A bancada de senadores do PMDB também está disposta propor a criação de um marco regulatório do setor mineral, uma medida que antecederia a discussão do novo Código Mineral, já que a gestão das jazidas em território brasileiro depende deste dispositivo legal.
Com o Ministro da Agricultura, foram abordadas as dificuldades atravessadas pelo setor agropecuário. Na agricultura, os insumos e fertilizantes são os itens que mais encarecem a produção. Por um lado, a maior demanda por adubo faz subir as cotações do fósforo e dos fosfatados, o que determina uma elevação no preço dos grãos. Isso, por sua vez, concorre para a elevação nos preços dos concentrados utilizados na nutrição animal e nos alimentos de um modo geral.
Tenho recebido relatos de que o aumento dos custos de produção chegou a 60% da safra anterior em relação à atual. E isto está sendo provocado também pela retração na oferta de crédito para financiar a atividade agrícola diante da crise.
“Estes fatores foram determinantes para a estimativa de queda de 8,4% da renda agrícola para 2009, divulgada pelo Ministério da Agricultura”, revelou Renan.
