Ícone do site Senador Renan Calheiros

Renan lamenta a morte de Ariano Suassuna

Ariano-Suassuna

Paraibano, Ariano Suassuna faleceu nesta quarta-feira (23), aos 87 anos, no Real Hospital Português, no Recife (PE), onde estava internado desde a última segunda-feira (21), após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC).

Nota de Renan Calheiros (PMDB/AL):

“A morte do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna é uma perda irreparável para a cultura nacional. Ao longo de 87 anos, Ariano soube como poucos revelar as nuances da cultura nordestina. Paraibano, fundou o Movimento Armorial nos anos 70, que tinha como objetivo utilizar a cultura popular para formar uma arte erudita. A perda do escritor nos silencia, mas seus livros o eternizam na nossa memória. Em cada peça popular, em cada canto nordestino, Ariano Suassuna, reviverá.”

Dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta, Ariano Vilar Suassuna foi autor de obras que alcançaram grande sucesso popular, como a peça Auto da Compadecida, uma das mais encenadas pelo teatro brasileiro e adaptada algumas vezes para a televisão e o cinema.

Conhecido pela defesa das raízes culturais do Nordeste, idealizou o Movimento Armorial, cujo objetivo era criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura nordestina. Também foi secretário de Cultura de Pernambuco (de 1994 a 1998) e assessor dos ex-governadores pernambucanos Eduardo Campos e Miguel Arraes. “Já fiz muita coisa nessa vida. Até advogado já fui”, disse ele em aula-espetáculo transmitida pela TV Senado.

Na oportunidade, também brincou com a sua voz “baixa, fraca e rouca”, que o levava constantemente a pigarrear. O que, relatou ele, lhe criou problemas ao tempo em que trabalhou com Arraes. “Quando eu pigarreava, o pessoal acha que eu estava imitando o chefe, a coisa mais triste que pode acontecer a alguém”, divertia-se ele, diante de uma empolgada plateia.

Suassuna ocupava, desde 1990, a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras.

Ele foi o terceiro escritor brasileiro de renome falecido nos últimos dias. Na sexta-feira (18), morreu o baiano e também acadêmico João Ubaldo Ribeiro. No dia seguinte, faleceu o paulista Rubem Alves, empobrecendo sobremaneira a cultura nacional.

Compartilhe este artigo