Na madrugada desta quarta-feira (10), depois de quase 17 horas da sessão que considerou a presidente afastada, Dilma Rousseff, ré no processo de impeachment, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), elogiou a maturidade e a isenção do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, na condução dos trabalhos. O presidente do Senado afirmou ainda que o resultado de 59 a 21 pela aprovação do parecer da Comissão Especial do Impeachment ocorreu dentro do esperado.
“A sessão transcorreu normalmente. Os argumentos foram colocados de lado a lado. O resultado era o resultado esperado. E nós esperamos que, a partir de agora, sejam dados mais passos, consequentemente, na saída para a economia, para a política. A sociedade está esperando por isso”, destacou Renan.
A acusação tem agora um prazo de 48 horas para entregar o libelo, que são as alegações finais, e a lista de testemunhas que serão ouvidas em Plenário. A defesa também tem 48 horas para apresentar o contraditório e indicar suas testemunhas. Mas a acusação já anunciou que vai abrir mão do prazo e pretende protocolar seu libelo hoje. Já a defesa usará os dois dias a que tem direito e deve entregar o libelo na sexta-feira. A partir daí, o presidente do Supremo poderá marcar a data do julgamento de Dilma Rousseff, notificando as partes com antecedência de dez dias.
