O fim da comercialização de armas e munições no Brasil está entre os temas mais defendidos por Renan, durante sua atuação parlamentar no Senado e também quando foi ministro da Justiça.
Durante sua presidência do Senado, o senador dedicou grande esforço no referendo popular que levou a questão às ruas.
Com a pressão da indústria de armas e munições e uma campanha, segundo Renan, marcada pela “desinformação” e “distorções”, a proibição de comercialização de armas e munições não foi aprovada. Sem desistir de convencer os brasileiros da importância do debate, ele continuou a lutar por medidas de combate ao uso indiscriminado de armas, defendendo maior endurecimento das leis que tratam do tema.
Uma das alternativas que recebeu total apoio do senador foi à realização de campanhas para o recolhimento de armas. Na última semana, Renan parabenizou o governo federal pelo lançamento da Campanha Nacional de Desarmamento, que este ano foi antecipado por conta do chamado massacre de Realengo, em que 12 crianças foram mortas a tiros em uma escola do Rio de Janeiro.
– “Nunca estaremos imunes às ações dos fanáticos e desequilibrados, mas temos todas as condições de dificultar o acesso deles aos meios que potencializam a tragédia. Por trás desses casos está um só problema: a banalização e o fácil acesso à arma de fogo no país”, avaliou Renan.
De acordo com o Ministério da Justiça, edições anteriores da Campanha Nacional de Desarmamento resultaram no recolhimento de mais de 500 mil armas e na diminuição de até 50% no índice de mortes em algumas regiões do país.
Renan está confiante de que este ano a campanha será ainda mais efetiva, mas alerta o governo para a necessidade de se criar novas medidas para conter a violência. Renan citou como exemplo a vinculação orçamentária para segurança pública: “Dessa forma, perto de R$ 1 bilhão/ano seria investido em segurança. Os recursos viriam de 10% das receitas da União, 7% dos Estados e 5% dos municípios. Recursos para investimentos em inteligência, modernização dos equipamentos e treinamentos das polícias; tais recursos, claro, seriam impossíveis de serem contingenciados”.