Renan relembrou que foi justamente durante seu período na presidência no Senado a criação de uma Comissão Mista do Congresso Nacional, incumbida de propor regras para a constante valorização do salário mínimo. Esta comissão, que teve como relator o senador Paulo Paim (PT/RS), contou com a participação de todas as centrais sindicais, e estabeleceu mecanismos para a valorização do poder de compra do salário mínimo. O líder também afirmou que, na época (dezembro de 2005) o salário mínimo brasileiro passava um pouco o equivalente a US$70, e que hoje ultrapassa os US$320.
O líder justificou que estes avanços foram proporcionados pela expansão da massa salarial, pelo fortalecimento do consumo, pelo crescimento do mercado interno. Citou a crise internacional e suas conseqüências para o Brasil: “tão logo entrou na crise, saiu dela” – disse. Lembrou citação do ex-ministro Celso Furtado: “O Brasil só seria forte quão forte fosse o seu mercado interno”. Conclamou aos membros do PMDB a formalização de um critério, “uma política para reajustar o salário mínimo toda a vez que não houver crescimento na economia; precisamos uma linha de valorização permanente do salário mínimo no Brasil”. Renan já havia discutido tais propostas numa expressiva reunião – no gabinete da Liderança do PMDB – com os dirigentes de todas as Centrais e Confederações de Centrais Sindicais. Posteriormente, reuniu sua bancada para expor as políticas adotadas para o salário mínimo.
Em seu pronunciamento durante a votação, Renan insistiu permanentemente pela adoção de compromissos dos parlamentares e do governo federal para a constante valorização do poder de compra do s salários dos trabalhadores. Deu seu testemunho sobre a importância do salário mínimo na economia nacional: “o Brasil, na crise, não sofreu maiores reflexos justamente pela valorização do salário mínimo, pela manutenção dos programas sociais e pelo crédito consignado que, neste governo, pulou para mais de 40%” – concluiu.