A convenção dos partidos que formam a Frente Popular Pró-Lessa/Pró-Dilma, realizada neste domingo, 27, na sede da Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (Adepol-AL), em Jacarecica, confirmou o nome do ex-governador Ronaldo Lessa, do PDT, como candidato à disputa pelo governo do Estado na eleição de outubro. O referendo foi recebido pelo senador Renan Calheiros (PMDB) como uma decisão sensata na formação de uma aliança para fazer Alagoas andar no mesmo ritmo do desenvolvimento que contamina o Brasil.
O líder do PMDB no Senado, cujo nome também foi referendado na convenção para disputar a reeleição, fez um breve histórico das mudanças que estão ocorrendo no Brasil, “que vive a euforia econômica de um dos seus períodos mais promissores enquanto que Alagoas parece adormecida”. Para ele, é preciso aplicar no Estado o que está dando certo no País. “Não podemos correr o risco de perder o bonde da prosperidade.”Renan iniciou seu discurso lembrando a dor, o sofrimento e o desespero de mais de 160 mil alagoanos – “nossos irmãos e irmãs” – que ainda sofrem com os efeitos da enchente histórica em 26 municípios alagoanos. Pediu um minuto de silêncio e orações pelas vítimas da tragédia. Destacou a solidariedade de milhões de pessoas que estão enviando donativos e a ajuda federal determinada pelo presidente Lula. “O presidente Lula tomou para si a tarefa de ajudar a reconstruir Alagoas em seu momento mais difícil das últimas décadas! A sua sensibilidade diante do sofrimento dos nossos irmãos e irmãs, aliada à sua humildade, é a garantia maior que temos para refazer tudo que foi devastado pelas águas dos rios Mundaú e Paraíba”, enfatizou o senador, pedindo aos convencionais uma calorosa salva de palmas para o presidente.
Avanços sociais
Renan citou alguns indicadores que, na sua visão, mostram que o Brasil não é mais o gigante adormecido de outrora. “Estamos crescendo na casa de 9% ao ano, 31 milhões de pessoas ingressaram na classe média, foram criados no Governo Lula 13 milhões de novos empregos, 11 milhões de pessoas deixaram para trás o apagão eterno e estão no Luz Para Todos e outros 24 milhões deixaram a linha da pobreza.” Os avanços sociais priorizando os mais pobres foram os pontos mais destacados pelo senador. A ênfase ficou para o reajuste do salário mínimo aplicando- se a inflação passada mais a variação do PIB, e o Bolsa Família,
Investimentos
O líder do PMDB lembrou os investimentos que o governo Lula está trazendo para Alagoas. “São muitos recursos destinados a obras em nosso Estado, muitas delas já entregues e outras em fase de andamento”. O que está faltando para Alagoas andar no mesmo bonde do desenvolvimento do Brasil, na avaliação do senador, é uma administração que não fique apenas falando em potencialidades e promessas. Renan enalteceu a capacidade administrativa já comprovada de Ronaldo Lessa, que alcançou marcas indeléveis em suas primeiras gestões no governo do Estado. Disse também que a aliança do PMDB com os demais partidos da Frente Popular, reunindo as principais forças que apóiam o governo do presidente Lula, optou pelo nome do ex-governador por uma questão pragmática, lógica. “Ronaldo Lessa é um agregador, um homem público carismático, sabe o que o povo quer e é trabalhador. Sua candidatura representa a esperança para o futuro de Alagoas, com a ex-ministra Dilma Roussef (PT) na Presidência do País. E o futuro não pode ter cara de atraso! A união dos partidos da Frente Popular significa que Alagoas não quer se divorciar do Brasil. Queremos, ao contrário, multiplicar os avanços, aumentar as conquistas sociais e trabalhistas”, concluiu. Lessa e Carlos Lupi O ex-governador Ronaldo Lessa não escondeu de ninguém o desejo de encontrar seus eleitores. “Eu vejo um povo tentando resgatar as esperanças. Com desejo de segurança pública, hospital funcionando e mais uma série de coisas importantes”, disparou o candidato, o único postulante ao governo alagoano que não tem mandato e começou sua caminhada com o acolhimento de 2 mil correligionários. Amigo de Lessa, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que veio a Maceió prestigiar o evento, defendeu que seu candidato só aceitou voltar ao Governo a pedido de Lula. “Ele já tinha desistido, o seu foco era outro. O presidente ressaltou que necessitava de um Governo pró-ativo em Alagoas”, explicou o ministro do Trabalho e Emprego. Lupi defendeu a aliança com o senador Renan Calheiros e o apontou como figura imprescindível na relação com Lula e, principalmente, com o PT. “Ele é leal.