A ênfase do pronunciamento de Michel Temer foi concentrada na defesa da implantação do voto majoritário, fidelidade partidária e fim das coligações. Com a participação atenta do presidente do Senado, José Sarney (PMDB/AP), Temer discorreu sobre os princípios constitucionais da representação popular, na defesa de que todo o poder emana do povo e nos critérios democráticos em que o poder é exercido pela maioria, com o indispensável respeito às minorias.
Para Michel Temer, professor de Direito Constitucional, a eleição proporcional “resulta falsa e inconstitucional”, uma vez que a regra democrática é a da “idéia do governo da maioria”. Mesmo que o ideário apresentado não seja consensual entre os senadores, a proposta foi bem assimilada e deve sinalizar o posicionamento do maior partido no Senado – o PMDB – com o apoio dos demais partidos do Bloco da Maioria e que formam parte da base de sustentação do governo na Casa. Para Renan, juntamente com o presidente da Comissão de Reforma Política do Senado, senador Francisco Dornelles (PP/RJ), “esta será a linha a ser defendida no encaminhamento da votação do Plenário do Senado”.