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Novo encontro com sindicais

Recebemos, mais uma vez, as centrais sindicais para uma conversa bastante produtiva. Durante a semana que passou, nós conversamos bastante sobre essas reformas dentro da bancada do PMDB. Eu queria deixar claro que não falo em nome da bancada porque seria uma pretensão muito grande, em um momento delicado da vida nacional, até porque a bancada ainda não se posicionou sobre essa matéria, que é conflitante.

Mas hoje nós recolhemos alguns pontos do que poderia ensejar uma alteração na proposta de reforma trabalhista. Tanto na conversa da bancada com o presidente da República como em conversas posteriores, nós ficamos com a responsabilidade de apresentar alguns pontos que caracterizam mudanças. Eu acho que essa reforma trabalhista foi equivocadamente encaminhada e, respeitosamente, eu coloquei isso para o presidente Temer no encontro que nós tivemos com a bancada na semana passada.

O governo mandou uma reforma trabalhista com sete pontos para a Câmara dos Deputados e essa reforma saiu de lá com 117 dispositivos alterados. E tem coisas completamente absurdas como, por exemplo, a possibilidade de o trabalhador pagar pelo dia de falta no trabalho intermitente. Ela ainda acaba com o salário mínimo. E tem como tônica, como endereço principal, exatamente a fragilização nas relações do trabalho.

Por isso, eu não acho um encaminhamento correto nós vincularmos a pauta do Senado à velocidade da tramitação de matérias na Câmara porque não tem nada a ver. Isso é negar a essência do próprio bicameralismo. Tanto que agradeci ao presidente Temer quando ele criou a instância de editar uma medida provisória, o que, aliás, já havia feito com relação à terceirização. Eu acho isso muito bom porque é a evolução do processo de negociação. Mas, eu acho que o dever do Congresso é aprimorar a matéria do texto no texto! Se não for assim, na prática, nós estaremos negando o bicameralismo. E isso não pode acontecer.

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