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Governo federal tem que complementar salário dos policiais, afirma Renan

O senador Renan Calheiros (PMDB) esteve em Penedo neste domingo, 09, prestigiando os festejos em homenagem ao Bom Jesus dos Navegantes. Durante entrevista à Rádio Penedo FM, a primeira que concedeu desde sua eleição para o terceiro mandato, no mês de outubro, o líder da bancada do maior partido brasileiro no Senado comentou, dentre outros assuntos, a necessidade de o governo federal complementar o salário dos policiais.


“O governo federal tem que contribuir mesmo com a complementação dos salários dos policiais, essa guerra com o crime tem colocado a polícia em desvantagem”, disse Renan sobre a condição que obriga os policiais a complementar renda com ‘bicos’. “Quando isso acontece, retira o policial da melhor dedicação que poderia ter se exclusivamente estivesse entregue à proteção de vida das pessoas”, acrescentou o senador que tem proposta de emenda constitucional que trata da melhoria salarial dos policiais.
Questionado por Martha Martiyres sobre qual será sua a participação no segundo governo de Teotônio Vilela Filho, o senador respondeu. “Eu quero colaborar com todas as minhas forças para que Alagoas continue a crescer, a se desenvolver, eu acho que essa diferença partidária (PMDB x PSDB) ela continua a ser circunstancial mesmo, ela não pode afastar a representação política dos interesses do Estado, que devem ser preservados, colocados acima de qualquer outra questão. Esse é o meu fundamental compromisso”.
Antes de desembarcar em Penedo, o senador, que está terminando seu segundo mandato e preparando-se para assumir o terceiro no dia 1º de fevereiro, esteve em Pão de Açúcar, prestigiando a Festa de Bom Jesus do município.
 “Hoje de manhã eu estive em Pão de Açúcar, mas a tradição manda vir todos os anos a Penedo e é por isso que estou aqui novamente para pedir a Deus que tenhamos um ano bom novamente, de muita paz e de muita saúde”, declarou o senador, confiante num bom governo de Dilma Rousseff. Ele acredita que a gestão da primeira mulher presidente do Brasil deverá ser “tão bom quanto foi o do presidente Lula”. Renan destacou ainda a ampliação da bancada do PMDB no Senado, atualmente com vinte parlamentares.
Ao reafirmar seu compromisso por Alagoas, o líder do PMDB assegurou que dará continuidade a tudo que conseguiu realizar nos mandatos anteriores e dedicar-se ao que “não foi possível resolver”, motivações para superar as diferenças partidárias entre o senador e o governador tucano.

Renan, o bombeiro

Convocado para acalmar os ânimos dos aliados do governo federal que ainda não foram prestigiados, o senador Renan disse que “é preciso ter muita calma, muita paciência”, ingredientes da receita que domina para controlar ânimos exaltados dos que esperam mais atenção por parte dos ocupantes do Palácio do Planalto. O governo Dilma começa com 17 ministérios sob o comando de indicados pelo Partido dos Trabalhadores, início de governo que não comporta todos os que colaboraram durante a campanha eleitoral.
“O processo político é muito dinâmico e a convivência com o PT é complexa, o nosso partido é grande, é complexo, é preciso ciscar pra dentro para preservar os interesses do País, há uma competição muito grande, partidária, regional, os Estados competem entre si, é preciso administrar tudo isso para que nós tenhamos os melhores resultados”, justificou Renan Calheiros, acrescentando que nem sempre consegue “cumprir esse papel”, apesar da sua contribuição para colaborar.

Salário mínimo

O PMDB vai forçar a barra para aumentar o salário mínimo?, perguntou a diretora de jornalismos da Penedo FM e âncora do programa Lance Livre, líder em audiência na região do Baixo São Francisco. “A leitura é que as pessoas fazem dos políticos é sempre imediatista”, comentou Renan antes de abordar a política de recuperação do salário mínimo adotada pelo Senado e aprovada pelo presidente Lula.

“A expectativa que nós temos é de manutenção dessa política”, disse o senador. “Se essa pressão realmente acontecer, será melhor, nós vamos ter aliados nesse propósito de manter a recuperação do salário mínimo do trabalhador”, completou Calheiros.

 

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