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Fiesp pede a Renan que o Senado não aprove elevação da carga tributária

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Nesta quarta-feira (16), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que os senadores não aprovem a elevação da carga tributária no país. Skaf não poupou críticas ao pacote apresentado pelo governo federal e disse que as medidas anunciadas são ruins para a sociedade. “Esse ajuste virou miragem porque o governo ao invés de reduzir gastos, melhorar a gestão, reduzir impostos e juros, faz o contrário. A sociedade esperava ouvir medidas concretas de eficiência, de combate a corrução, de melhor gestão pública, enfim, de redução de gastos. Ao invés disso, o governo tenta aumentar impostos tentando que a sociedade pague o pato mais uma vez. E a sociedade não está afim”, declarou Skaf.

Na avaliação do presidente da Fiesp, os cortes significam apenas transferência de fonte de recursos. “O que era do Tesouro passou para o Fundo de Garantia (FGTS). O que era do Tesouro foi para as emendas parlamentares. Mais uma vez o governo não tomou as medidas que tinham que ser tomadas como a redução de gastos públicos. Na prática, o que houve foi uma reposição de fontes. A presidente da República foi eleita para governar. No orçamento de 1 trilhão e 200 bilhões de reais, você precisa arrumar 30 bilhões e não consegue. Cabe ao governo encontrar esses recursos reduzindo as suas despesas ”, disse Skaf.
Para o presidente da Fiesp, Renan Calheiros manifestou uma preocupação muito grande com o atual cenário econômico. “Ele está muito consciente que o momento não é de aumento de impostos. Nós estamos aqui para fazer de tudo para não permitir, em hipótese nenhuma, que seja aprovada a CPMF ou qualquer outro imposto ou taxa. A sociedade brasileira já paga muito imposto e não tem retorno na qualidade do serviço público”, disse Skaf.
O presidente do Senado agradeceu a visita e disse que o debate com setores da sociedade é muito importante neste momento de crise. “Conversamos bastante sobre a conjuntura econômica e o Paulo brinda o Senado Federal com a oportunidade de trocar ideias e recolher informações nesse momento fundamental do país”, enfatizou Renan.

Sistema S
O presidente da Fiesp também falou com o presidente do Senado sobre a proposta do governo de reter até 30% do valor repassado ao Sistema S, como Sesi, Senai e Senac. As entidades recebem recursos para promover a qualificação de trabalhadores da indústria e do comércio. “Sesi e Senai significam educação de qualidade no Brasil. Quem forma mão de obra no Brasil é o Sesi e o Senai. Vai tirar dinheiro da educação de qualidade de forma inconstitucional. Ouvi dizer que era por MP. MP não pode mudar coisas que estão na Constituição”, afirmou Skaf.

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