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Depois de Lula, Renan anuncia reuniões dos senadores com FHC e Sarney

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Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (9), o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB/AL), fez um balanço do café da manhã oferecido, na residência oficial, ao ex-presidente Lula e a senadores de partidos que compõem a base aliada.
Para Renan, o interesse maior da sociedade é que os homens públicos busquem uma saída para a crise do país, especialmente nas áreas econômica e política. Por isso, sua intenção é realizar reuniões semelhantes com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney.
Ao ser questionado sobre informações publicadas na imprensa de que a suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) citaria seu nome, Renan afirmou que o assunto não o preocupa.
— Nunca cometi impropriedades, tudo que disseram é por ouvir dizer. Não há e não haverá nenhuma prova — disse o presidente do Senado, que garantiu estar disposto a colaborar com as investigações porque “nenhum homem público está imune a isto”.
Renan disse ainda que esse foi o sentimento expressado pelo ex-presidente Lula durante o café da manhã, no que se refere às investigações envolvendo o petista na operação Lava-Jato.
— Na investigação, a diferença está entre os que têm o que dizer e os que não têm o que dizer. Para isso, existe a Constituição, o devido processo legal e o estado democrático de direito. Sendo assim, as investigações precisam avançar — disse.
Renan informou ainda que Lula ouviu todos o senadores, demonstrando especial interesse em sugestões na área econômica. Afirmou ainda que Lula garantiu não ter sido sondado sobre a possibilidade de ocupar um ministério no governo Dilma, e que não fez nenhum pleito específico quanto à permanência do PMDB no governo.
— Isto tem seu foro próprio, é normal. Em todos os partidos há divisões, no PMDB, no PT, no PSDB — afirmou o presidente do Senado.
Ele garantiu ainda que Lula quer colaborar no sentido de “não botar fogo no país” e superar a crise e que, para isso, entende não ser preciso ocupar um cargo no governo.
Em relação à pauta no Senado, Renan anunciou que sua intenção é votar as MPs que trancam a pauta e logo depois a Lei Geral das Estatais, que chamou de “a proposta mais importante do ano”.

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