As principais definições foram com relação aos dois temas muito delicados para o governo, justamente nesta hora de turbulências econômicas internacionais: a emenda º 29, referente aos recursos para a área da saúde, e a conhecida PEC 300, que estabelece um fundo capaz de promover um piso salarial para policiais civis, militares e bombeiros de todo o País.
As intervenções do líder do PMDB, senador Renan Calheiros, foram no sentido de exigir pressa para as definições dos recursos do pré sal. Renan insiste que o tema é urgente e que, de forma alguma, pode desconhecer a participação dos estados não produtores de petróleo.
Outro assunto levantado pelo senador foi o do endividamento dos estados brasileiros e os altos juros cobrados pela área financeira e que são absolutamente incompatíveis com a capacidade financeira dos estados. Para Renan, “quanto mais os estados pagam seus empréstimos, maior fica o saldo devedor, tornando uma equação leonina e sem fim”.
A presidente Dilma solicitou o empenho dos parlamentares no sentido de não estimular matérias, projetos e programas que impliquem no aumento das despesas públicas. Mesmo assim ela não elimina a retomada da discussão dos temas polêmicos para o futuro.
Renan também elogiou a presidente Dilma que decidiu que estas reuniões, antes restritas a um pequeno grupo, serão realizadas semanalmente com os mesmos integrantes do encontro de hoje pela manhã.
Várias outras reuniões do PMDB estão sendo programadas para adequar a posição do partido com a nova realidade econômica e com as pautas propostas pelo governo federal. Um dos principais assuntos, nestas pautas, é a posição do PMDB nas discussões do novo Código Florestal. Também o aumento do superávit primário, anunciado na reunião pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, será objeto de discussão entre os membros da bancada do PMDB.
Compartilhe este artigo
