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Amazonas: depoimento confirma que enquanto faltava oxigênio governo federal discutia cloroquina

Mais um depoimento da reunião da CPI da Covid foi marcado por grandes esclarecimentos. Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas, reforçou a omissão e o descaso do governo federal com a crise naquele estado. Enquanto faltava oxigênio, o Ministério da Saúde distribuía cloroquina. O depoente de hoje (15) foi mais um que desmentiu o ex-ministro Eduardo Pazuello. O estado entrou em colapso no início de 2021, com falta de leitos e oxigênio medicinal.

Marcellus disse que tratou com Pazuello pouco antes da crise do oxigênio, por meio de ligação telefônica no dia 7 de janeiro explicando a necessidade de apoio logístico para trazer o produto de Belém para Manaus, a pedido da White Martins. Oficializou o alerta no dia 9 e comunicou ao general pessoalmente no dia 10. Pazuello, no entanto, disse à CPI que só foi contatado no dia 10 de janeiro. Perguntado sobre qual o retorno enviado pelo governo federal a esses comunicados oficiais do governo estadual, Campêlo disse que não recebeu nenhuma resposta. Questionado sobre atuação do Ministério das Relações Exteriores para obtenção de carregamento de oxigênio junto a outros países, o ex-secretário disse que não tinha conhecimento.

Marcellus afirmou também que recebeu a secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, em Manaus, no dia 4 de janeiro. Segundo ele, Mayra demonstrou “enfâse” em relação ao tratamento precoce e comentou sobre um novo sistema que seria apresentando, o aplicativo TrateCov.

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